Dormir com o bebê aumenta o tempo de amamentação

Postado em 5 de fevereiro de 2019 | Autor: Redação Nutritotal

Entenda por que isso é verdade e veja os mitos que atrapalham a vida das mulheres durante esse período

Para as mães, sejam elas experientes ou de primeira viagem, o desafio de cuidar do filho aumenta quando começa o período de amamentação. Muitas dúvidas cercam o assunto e a maioria pode até atrapalhar essa etapa do desenvolvimento da criança, por falta de informação ou de consulta com um especialista. Pensando em tornar a vida das mamães mais simples, listamos alguns mitos e verdades acerca do aleitamento materno.

 7 mitos e verdades sobre amamentação

O aleitamento materno promove muito mais benefícios do que você imagina!

Mãe sentada na cama amamentando bebê

Amamentar fornece saúde ao bebê | Imagem: Shutterstock

1. Dormir com o bebê aumenta o tempo de aleitamento

VERDADE. Pesquisas confirmam que a partilha da cama entre mãe e bebê facilita a amamentação frequente durante a noite. Além disso, por mais que as mães venham a acordar mais vezes ao dormir ao lado do filho, elas também voltam a dormir mais rapidamente e em períodos menores. Outro fator importante é que a ocitocina produzida no corpo do bebê quando ele se alimenta com leite materno faz com que ele se sinta mais sonolento logo depois de mamar. Contudo, é importante lembrar que o compartilhamento de cama precisa ser feito com segurança, e as famílias necessitam de aconselhamento de um pediatra para entender a melhor maneira de fazê-lo.

2. Amamentar eleva as chances do câncer de mama aparecer

MITO. O que acontece é totalmente o contrário. Estudos demonstram que a amamentação reduz riscos de câncer de mama, e também outros tipos de tumores, como o de ovário e o de útero. O ato também protege a mulher contra osteoporose, além de fortalecer o vínculo afetivo entre mãe e filho, que é benéfico para o desenvolvimento psíquico do bebê e da mãe para futuras gestações.

3. O ato de amamentar diminui as chances de doenças cardiovasculares

VERDADE. Com base em uma pesquisa apresentada pelo Colégio Americano de Cardiologia, verificou-se que mulheres com pressão arterial normal durante a gravidez e que amamentaram seus bebês por pelo menos seis meses após o nascimento tiveram, depois de alguns anos, melhores marcadores de saúde cardiovascular em comparação com mulheres que nunca amamentaram. Isso porque elas tinham níveis mais altos de colesterol bom (HDL), juntamente com triglicérides inferiores e a espessura da artéria carótida mais saudável.

4. O leite materno não traz benefícios à criança

MITO. O leite materno é cheio de ingredientes vivos, incluindo células-tronco, glóbulos brancos e bactérias benéficas, além de outros componentes bioativos, como anticorpos, enzimas e hormônios, que ajudam a combater infecções, previnem doenças e contribuem para a saúde e desenvolvimento do pequeno.

5. Bebês amamentados têm maior imunidade

VERDADE. Os bebês amamentados têm menos infecções e internações do que os alimentados de outra maneira, permitindo que os pais economizem dinheiro com remédios. Um estudo publicado no jornal de medicina britânico The Lancet em 2016, estimou que o aleitamento materno universal evitaria 800 mil mortes de crianças por ano em todo o mundo e economizaria US$ 300 bilhões em custos de assistência médica.

6. O leite materno faz bem para os bebês só até os seis meses de idade

MITO. A amamentação não beneficia somente o bebê nos primeiros seis meses de vida. Quanto mais tempo ele continuar a receber leite materno, mais vantagens terá para a sua saúde. Dentre elas, um relacionamento mais sólido com a mãe, menos estresse na infância e diminuição de chances de desenvolver câncer ou diabetes precocemente.

7. A amamentação deve ser feita mesmo quando o bebê estiver doente

VERDADE. Amamentar quando o bebê está doente ou se sentir muito incomodado e desconfortável também é necessário, pois muitas vezes a manha pode ser um sinal de fome. Estudos apontam que a amamentação reduz o choro e proporciona alívio quando os bebês estão tomando vacinas, por exemplo.

 

Este conteúdo não substitui a orientação de um especialista. Agende uma consulta com o nutricionista de sua confiança.

Referências bibliográficas:

American Academy of Pediatrics. Benefits of breastfeeding for mom.

Ballard O, Marrow AL. Human milk composition: nutrients and bioactive factors. Pediatria Clin North Am., 2013

Sangshin Park, Nam-Kyong Choi. Breastfeeding and Maternal Hypertension. American Journal of Hypertension, 2018.

Harrison D et al. Breastfeeding for procedural pain in infants beyond the neonatal period. Cochrane Database Syst Rev. 2016.

Horta BL et al. Long-term consequences of breastfeeding on cholesterol, obesity, systolic blood pressure and type 2 diabetes: a systematic review and meta-analysis. Acta Paediatr., 2015.

IBFAN Brasil. Dormindo com o bebê. 2014.

ROLLINS, C. Nigel et al. Why invest, and what it will take to improve breastfeeding practices? The Lancet Breastfeeding Series, 2016.

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