Existem mitos que associam certos alimentos como a solução para curar o câncer
Com apenas um clique, as falsas notícias, também conhecidas como fake news, se espalham entre as redes sociais e aplicativos de mensagens. Entre os principais assuntos abordados está o câncer. E o tipo de tumor mais frequente em mulheres no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer, o câncer de mama, é alvo frequente de boatos, que chegam até a associar a alimentação como a solução para sua cura.
O impacto das fake news
Uma pesquisa publicada pelo periódico Journal of Cancer Education apontou como as falsas notícias espalhadas sobre o câncer de mama tinham uma repercussão e impacto na rede social Twitter. Segundo os pesquisadores, a mídia se tornou uma ferramenta poderosa para divulgar notícias médicas e estimular conversas sobre saúde; no entanto, pouco trabalho foi feito examinando as conversas e para saber como os usuários estão compartilhando evidências seguras sobre o câncer de mama.
Entre notícias falsas e verdadeiras, nada melhor do que se informar em fontes confiáveis para saber o que é real e o que não passa de boato. Na internet, vale consultar portais de órgãos de saúde e sociedades médicas, por exemplo. E, aqui no Nutritotal Público Geral, você encontra informações de saúde validadas por estudos científicos e profissionais da área. E, para seguir na nossa tarefa de desmitificar as fake news, listamos a seguir as principais envolvendo alimentação e câncer de mama, confira:
5 fake news sobre alimentação e câncer de mama
Elas foram elencadas pelo Ministério da Saúde.
Para tratar o câncer, consuma frutas de estômago vazio
Mito. Esta fake news afirma que as frutas devem ser consumidas de estômago vazio, e nunca após as refeições, por exemplo. Contudo, de acordo com o Ministério da Saúde, não existem evidências científicas de que comer frutas após as refeições piorem a oferta de nutrientes. O que se sabe é que as frutas são uma parte essencial de uma dieta saudável, e que o efeito do consumo das frutas na diminuição do risco de câncer é indireto, por meio da ingestão de fibras e da sua associação com uma dieta hipocalórica.
Água de coco quente é tratamento para o câncer
Mito. Para o Ministério da Saúde, não existe um alimento específico ou milagroso para a prevenção e cura do câncer, tampouco a água de coco quente. O que pode ajudar na prevenção é praticar uma alimentação saudável, mantendo o peso corporal adequado e exercendo atividades físicas.
Assista também: As maiores fake news sobre o câncer
Beber água gelada aumenta as chances de câncer
Mito. Muitas fake news abordam o consumo de gelo ou água gelada durante o período menstrual como causa do câncer, mas não existem fundamentos científicos que comprovem essa relação entre bebidas geladas e o desenvolvimento de tumores, de acordo com o Ministério da Saúde.
Trocar açúcar por óleo de coco pode ajudar na cura do câncer
Mito. Por um lado, o Ministério da Saúde aponta que o consumo excessivo de açúcar pode estar relacionado a processos metabólicos que, por sua vez, podem aumentar o risco de desenvolvimento de câncer. Porém, uma vez que a doença está instalada, não há alimentos ou medidas milagrosas capazes de eliminá-la. Além disso, não há base científica sobre o uso do óleo de coco para o câncer desaparecer.
O câncer pode ser tratado por meio da vitamina B17
Mito. O Laetrile, também conhecido como amigdalina, é uma substância vegetal encontrada em algumas nozes como as amêndoas, além de sementes de frutas como damasco e cereja. Embora seja nomeada de vitamina B17 popularmente, ela não se trata de uma vitamina. E segundo o Ministério da Saúde, apesar de estudos mostrarem que o Laetrile pode matar células cancerígenas em certos tipos de câncer, não há evidências científicas confiáveis suficientes para afirmar que ele trate o câncer.
Agora que você sabe mais sobre alimentação e câncer de mama, que tal fazer nosso teste e avaliar seus conhecimentos sobre a dieta e o câncer?
Este conteúdo não substitui a orientação de um especialista. Agende uma consulta com o nutricionista de sua confiança.
Referências bibliográficas:
Anthony N. et al. Breast Cancer Screening and Social Media: a Content Analysis of Evidence Use and Guideline Opinions on Twitter. Journal of Cancer Education, 2017.
Instituto Nacional de Câncer, 2019.
Estatísticas de câncer, Instituto Nacional de Câncer, 2020.