Entenda a função dos micronutrientes na saúde das futuras mamães
O período de gestação é uma mudança completa na vida de uma mulher. E dar as boas vindas ao mais novo membro da família é um processo no qual, durante nove meses, a mamãe terá de adaptar o corpo para atender às necessidades nutricionais tanto dela quanto do bebê. Claro que essas adaptações passam por adequações no cardápio e, muitas vezes, pela prescrição de vitaminas, especialmente no primeiro trimestre da gravidez.
De acordo com o Manual de Assistência Pré-Natal da Federação Brasileira Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), a avaliação do estado nutricional da gestante segue três passos importantes: a anamnese (nome que os médicos dão para a conversa que têm com paciente), o exame físico e os testes laboratoriais.
Durante a anamnese, é possível descobrir transtornos alimentares, como bulimia ou anorexia, além de suspeita de outras doenças, como o diabetes. No exame físico, são avaliados peso e altura, e determinado o Índice de Massa Corpórea (IMC), bem como sinais de doenças que ainda possam estar ocultas ou de desnutrição.
Por fim, os exames laboratoriais como o hemograma, a glicemia de jejum e parasitológico de fezes apontam se a gestante tem carência de ferro, de vitamina B12 e de ácido fólico, por exemplo. Essas vitaminas na gravidez são muito importantes e, em falta, podem causar problemas.
A seguir, listamos as quatro principais vitaminas durante o primeiro trimestre da gravidez. Veja:
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4 principais vitaminas no primeiro trimestre da gravidez
Em falta, algumas substâncias podem comprometer a saúde da mulher e o desenvolvimento do bebê.
Ácido fólico (Vitamina B9)
Por volta da sexta semana, acontece o fechamento do tubo neural do feto. Para que esse processo ocorra sem problemas no corpo da gestante, o ácido fólico precisa estar em níveis aceitáveis. Seu uso deve ser iniciado um mês antes da gravidez e continuado até a 12ª semana gestacional.
Vitamina A
Ela é importante para o desenvolvimento do embrião. Sua ausência ou deficiência pode estar relacionada ao aborto, à microcefalia, a distúrbios oculares e de visão fetal.
Vitamina D
Mesmo sabendo da importância dessa vitamina para o corpo, o seu uso na gravidez ainda é alvo de constante investigação. Ainda não é comprovada sua necessidade de uso universal ou na redução da pressão alta no período gestacional e morte fetal, por exemplo.
Polivitamínicos
Segundo o CDC e o Instituto de Medicina Americano, o uso de polivitamínicos é recomendado para mulheres que não têm uma dieta adequada, além de pacientes com gestação gemelar, usuárias de drogas, tabagistas, vegetarianas estritas e aquelas com deficiência de lactase.
E o cálcio e o ferro? Apesar de não serem vitaminas, eles também são micronutrientes fundamentais para as gestantes. O primeiro pode ajudar na formação dos ossos, enquanto o segundo pode evitar a anemia materna. A Organização Mundial da Saúde recomenda um suplemento oral diário de ferro e ácido fólico, a fim de evitar anemia das mães, infecção, baixo peso à nascença e parto prematuro.
Este conteúdo não substitui a orientação de um especialista. Agende uma consulta com o nutricionista de sua confiança.
Referências bibliográficas:
Manual de Assistência Pré-natal. Febrasgo, 2014.
Organização Mundial da Saúde, 2016.