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Quais são os reais benefícios do coco?

O coco, fruto de palmeiras tropicais, é uma maravilha natural amplamente apreciada. Os benefícios do coco vão muito além do seu sabor e da sua versatilidade na culinária, seja na forma de água de coco refrescante, óleo versátil ou polpa rica em sabor, o coco tem conquistado um lugar especial nas cozinhas e rituais de beleza em todo o mundo. 

Embora o coco tenha seus méritos, é importante separar seus mitos das verdades. Às vezes, o que parece uma boa escolha para a alimentação, não é tão boa assim. Conheça a seguir curiosidades e usos para a saúde, descobrindo os benefícios do coco e mitos que cercam esse alimento:

Fonte: Canva.com

Água de coco é boa para quem está com diarreia

Verdade. A água de coco é bem aceita por quem está com mal estar e diarreia porque tem um gosto mais suave e não precisa de mastigação para ser ingerida. E o grande potencial da água de coco na diarreia é que ela ajuda na hidratação e na reposição de nutrientes que estão sendo perdidos nas frequentes evacuações líquidas.

Então, além de hidratar, outro benefício do coco é que a sua água fornece energia, fósforo, cálcio, magnésio, potássio e vitamina C, nutrientes essenciais e que ajudam na recuperação do seu organismo.

Óleo de coco é o ideal para frituras

Mito. Diferente do que o senso comum nos leva a acreditar, o óleo de coco não é a gordura mais saudável que existe e muito menos a ideal para frituras. Em comparação aos óleos vegetais, como de soja, de azeite, de milho e de canola, o óleo de coco é fonte de gordura saturada, assim como a banha de porco, e o seu consumo exagerado pode resultar em piora dos níveis de colesterol no sangue.

Se utilizado em frituras, então, nem se fale! O ideal mesmo é que você evite preparações fritas para não aumentar o colesterol, independente se o seu colesterol é bom ou ruim, mas se fizer de vez em quando, faça frituras em óleos vegetais, como os apresentados acima, ou utilize a tecnologia da airfryer que prepara os alimentos como se fossem fritos, deixando-os crocantes, sem a necessidade de adição de nenhuma gordura. 

O coco é uma excelente fonte de fibras

Verdade. Nem só de gordura é feita a polpa do coco seco, em um pedaço médio de coco (aproximadamente 40g) encontramos 2,15g de fibras, além de outros nutrientes, como vitaminas e minerais.

A recomendação atual para ingestão de fibras é de 25 – 30g por dia para um adulto. Esse pedacinho de coco representa apenas 8%, mas se somado a uma boa ingestão de frutas, legumes, verduras e cereais integrais, o coco pode ajudá-lo a alcançar a meta de fibras diárias.

A polpa do coco verde não deve ser consumida

Mito. Assim como a polpa do coco seco, a polpa do coco verde também pode ser consumida. A polpa do coco verde é mais molinha e tão gostosa quanto a do coco seco, ela pode ser comida crua ou virar o ingrediente principal de um ceviche, de um iogurte ou de um doce caseiro

Tem várias receitas por aí ensinando esses preparos, vale a pena conhecer para aprender novas formas de contribuir com a redução do desperdício, da geração de lixo e ainda a aumentar o rendimento dos alimentos que você compra. O uso integral dos alimentos é uma prática sustentável e saudável que garante mais nutrientes para o seu corpo.

O óleo de coco pode melhorar a saúde da pele

Verdade. Pesquisas que usaram o óleo de coco na dermatologia apontam que, apesar de ser usado mais na cozinha, o óleo de coco pode trazer benefícios se utilizado diretamente na pele. O óleo de coco é fonte de vitamina E e antioxidantes, nutrientes que contribuem com a saúde e integridade da pele.

Nos estudos, o óleo de coco apresentou propriedades antimicrobianas e hidratantes, evitando respectivamente a dermatite atópica e a xerose, mais conhecida como pele seca. Ao testar o óleo de coco virgem em bebês prematuros também observou-se bons resultados com melhora da maturidade da pele dos pequenos, apoiando a prevenção de infecções.

Sem enquadrar em mais saudável ou menos saudável, podemos dizer que o coco é um alimento nutritivo e que oferece diversas opções de uso, para além do culinário. O importante é sempre consumi-lo em quantidades adequadas, sem exageros e utilizar seus subprodutos, como o óleo de coco, com consciência e nas preparações ideais. 

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*Este conteúdo não substitui a orientação de um especialista. Agende uma consulta com o nutricionista de sua confiança.

Referências

Jayawardena, R., Swarnamali, H., Ranasinghe, P., & Misra, A. (2021). Health effects of coconut oil: Summary of evidence from systematic reviews and meta-analysis of interventional studies. Diabetes & Metabolic Syndrome: Clinical Research & Reviews, 15(2), 549-555.

Mithun Chandra Konar, Kamirul Islam, Atanu Roy, Taraknath Ghosh, Effect of Virgin Coconut Oil Application on the Skin of Preterm Newborns: A Randomized Controlled Trial, Journal of Tropical Pediatrics, Volume 66, Issue 2, April 2020, Pages 129–135, https://doi.org/10.1093/tropej/fmz041

Mohammed Yusuf. (2022). The effective ways of preventing diarrhea and vomiting. Frontline Medical Sciences and Pharmaceutical Journal, 2(03), 1–6. https://doi.org/10.37547/medical-fmspj-02-03-01

Rizeki Dwi FIbriansari, Siti Eka Yuni, Arista Maisyaroh, Eko Prasetya Widianto. The Application of Virgin Coconut Oil (VCO) on Dermatitis Patients with Impaired Skin Integrity in Agricultural Areas: A Literature Review. NHSJ. 2022

Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TBCA). Universidade de São Paulo (USP). Food Research Center (FoRC). Versão 7.2.

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