Mistura láctea x leite condensado: veja as diferenças!

Postado em 27 de julho de 2022 | Autor: Redação Nutritotal

Produtos similares podem confundir a cabeça de muita gente nos mercados

Nos últimos meses, parece cada vez mais difícil voltar do supermercado com o carrinho cheio. Insumos como o leite ficaram até 28,5% mais caros desde janeiro, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Por isso, muita gente busca alternativas à bebida e seus derivados.

A partir disso, surgiram opções cujos preços são mais atrativos nas prateleiras dos mercados e lojas, como a mistura láctea ao invés do leite condensado, e o composto lácteo no lugar do leite integral. Mas será que essas substituições são mesmo saudáveis?

A seguir, explicamos as diferenças e cuidados que você precisa tomar com cada uma dessas alternativas ao leite e seus derivados. Confira:

Fique de olho! Conheça 4 substitutos lácteos e seus riscos à saúde!

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Atenção ao rótulo: entenda as diferenças entre mistura láctea, composto lácteo e outros produtos derivados do leite | Imagem: Shutterstock

Mistura láctea não é leite condensado!

Usado no preparo de sobremesas, como o tradicional brigadeiro,  o leite condensado ganhou fama nas redes sociais por conta de um produto similar, mas com características diferentes: a mistura láctea.

Nela, além do açúcar e do leite que são a base para o leite condensado, podem ser acrescentados aditivos, conservantes e ingredientes como amido de milho, para engrossar o produto, e soro de leite, diminuindo a quantidade integral da bebida. Em alguns casos, há também a presença de gordura vegetal adicionada, para substituir a gordura do leite.

No leite condensado tradicional, no entanto, você encontrará apenas leite, açúcar e em algumas versões, leite em pó. Ou seja, é uma lista bem menor de ingredientes e todos conhecidos. Então, quando você faz a troca do leite condensado pela mistura láctea, além de poder afetar o sabor e a textura de preparações, você também estará consumindo um produto caracteristicamente ultraprocessado que, segundo o Guia Alimentar para a população brasileira, está associado ao aumento do risco de ganho de peso e de desenvolver doenças crônicas, não sendo assim, uma opção recomendada para sua alimentação.

Composto lácteo não é leite integral!

Na hora de comprar uma lata de leite em pó, é sempre importante ler o rótulo com atenção. Existem marcas que vendem, na verdade, o composto lácteo, que consiste em um alimento à base de apenas 51% de produtos lácteos de verdade, com o restante adicionado de açúcares, aditivos alimentares, amido de milho, entre outros.

O composto lácteo também não pode ser considerado uma fórmula, e portanto, é um alimento diferente. Por um lado, é possível encontrar um maior teor de fibras em alguns dos compostos vendidos no mercado, mas por outro, há um risco em relação à quantidade de açúcar adicionada, especialmente entre os diabéticos.

Requeijão cremoso não leva amido!

Amado pelos brasileiros no café da manhã, o requeijão cremoso é um produto à base de leite, gordura anidra, manteiga e especiarias. Porém, algumas marcas utilizam na composição o amido de milho, que dá o aspecto menos cremoso e mais consistente ao alimento.

A técnica, assim como nos outros casos, visa baratear o produto, diminuindo a presença de leite na composição. Porém, no ponto de vista nutritivo, o amido acaba aumentando o valor calórico e diminuindo as quantidades de proteínas e outros nutrientes provenientes do leite, como o cálcio.

Bebida láctea não é iogurte natural!

Outro produto presente na rotina dos brasileiro é o iogurte natural. Contudo, é preciso se atentar, pois há diferença entre esse produto e a bebida láctea. No caso da segunda, assim como no composto lácteo, a base de leite pode ser de apenas 51% da composição.

No restante dos ingredientes, podem estar presentes aditivos, amido de milho e gordura vegetal. O ideal é substituir essas bebidas pela versão natural e, se possível, a caseira, que leva menos conservantes e corantes na fórmula.

Como identificar nos rótulos?

Percebeu como as diferenças são pequenas, mas mudam toda a característica nutricional e sensorial do produto? E para dificultar as embalagens são super parecidas, não é mesmo? Então, nossa dica final é: leia os rótulos com atenção. As letrinhas das embalagens são miúdas, mas vale a pena ler a lista de ingredientes e reconhecer se o produto é o que você realmente procura.

Evite sempre que possível alimentos com conservantes e ingredientes que você desconhece. Olhe também a tabela nutricional e compare os teores de sódio, açúcar e gordura saturada, optando sempre pelo produto que tiver os menores valores e ingredientes mais conhecidos. Dessa forma, você comprará produtos com maior qualidade nutricional e menor risco de trazer prejuízos a sua saúde e da sua família.

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*Este conteúdo não substitui a orientação de um especialista. Agende uma consulta com o nutricionista de sua confiança.

Referência bibliográfica:

RTIQ – Leite e seus derivados. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, 2022.

Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15. IBGE, 2022.

Guia Alimentar para a População Brasileira. Ministério da Saúde, 2014.

 

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