Seu bebê nasceu e é hora de amamentar, mas lá vêm as dúvidas: o que posso comer e o que devo evitar? Em agosto acontece a campanha do “Agosto Dourado”, um período dedicado ao incentivo à amamentação como um cuidado de saúde.
A alimentação na amamentação é um fator muito importante para a nutrição do bebê e para a saúde da mãe no puerpério. Por isso, o questionamento sobre os cuidados com a dieta é super válido, mas pode ser uma porta de entrada para a desinformação dependendo da fonte onde se busca as respostas.
Para apoiar as mães que querem garantir uma boa produção de leite e nutrir seus bebês da melhor forma possível, confira abaixo algumas dicas baseadas em recomendações de órgãos de saúde e em artigos científicos sobre a alimentação na amamentação.
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Alimentação na amamentação: o que comer?
Amamentar exige muita energia do corpo, deixando a mulher com mais fome e mais sede. Logo, para que a produção de leite materno possa perdurar por mais de 6 meses, é importante que a mãe consiga praticar uma alimentação saudável na amamentação.
O ideal é que a mulher faça refeições completas que incluam todos os nutrientes: carboidratos, proteínas, gorduras, fibras, vitaminas e minerais. A fonte desses nutrientes deve ser principalmente de alimentos in natura, como frutas, legumes, verduras, cereais integrais, carnes, ovos e laticínios.
É interessante evitar excessos de açúcares, sal, gorduras e alimentos processados, dando preferência a preparos caseiros e deixando doces e sobremesas para momentos eventuais.
Abaixo deixamos uma sugestão de cardápio que pode ser seguida por uma mãe que está amamentando:
Café da manhã
- Pão francês
- Ovos mexidos
- Vitamina de leite com frutas e aveia
Lanche da manhã
- Mamão
- Farelo de aveia
Almoço
- Arroz integral
- Feijão carioca
- Peito de frango sem pele grelhado
- Repolho roxo refogado
- Salada de alface e tomate
- Limonada caseira com pouco açúcar
Lanche da tarde
- Iogurte
- Morango
- Mel
- Semente de linhaça
Jantar
- Quinoa cozida
- Grão de bico com atum
- Abobrinha refogada
- Salada de rúcula e tomate
Ceia
- Mingau de aveia
- Banana
- Canela
Hidratação na amamentação
Se existe algo que precisa ser falado sobre a alimentação na amamentação, é a ingestão de água. Beber água é indispensável para o corpo da mulher conseguir produzir leite.
Então, se a mãe não tinha o hábito de hidratar-se ao longo do dia, agora essa precisa ser sua nova meta.
Alimentação na amamentação: o que evitar?
Quem nunca ouviu que determinados alimentos e bebidas podem aumentar o leite? Apesar das crenças populares, a ciência ainda não identificou nenhum alimento capaz de aumentar a quantidade de leite materno.
O que nos leva a desmistificar algumas comidas e bebidas que, na verdade, devem ser evitadas na alimentação na amamentação:
Cerveja preta
A cerveja preta e as demais bebidas alcoólicas não devem ser consumidas durante a amamentação. O álcool desses produtos reduz a produção de leite e passa rapidamente para o leite materno.
Ainda não se sabe muito sobre os efeitos do álcool no leite materno e na criança, mas acredita-se que pode afetar o desenvolvimento do bebê.
Bebidas cafeinadas
Café, refrigerantes, bebidas energéticas, chá mate, chimarrão e tereré devem ter seu consumo limitado durante a amamentação, pois o excesso de cafeína pode passar para o leite materno e prejudicar o sono do bebê.
Além disso, a cafeína em excesso provoca a desidratação, aumentando ainda mais a sensação de sede da mulher que amamenta.
Chocolate
O chocolate não é um alimento proibido na alimentação na amamentação, contudo, é importante que a mãe saiba que o consumo elevado pode afetar negativamente o bebê.
Assim como o café, o chocolate possui um estimulante natural chamado de teobromina que alcança o leite materno e pode provocar irritabilidade, aumento de cólicas e até problemas de pele nas crianças.
Essas associações foram encontradas especialmente em mulheres que consumiam 250g de chocolate no dia, uma quantidade elevada. Ainda assim, mesmo que o consumo seja inferior, o ideal é evitar.
Quer saber como evitar cólicas no bebê, confira aqui: Como aliviar a cólica do bebê
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*Este conteúdo não substitui a orientação de um especialista. Agende uma consulta com o nutricionista de sua confiança.
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Referências
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento de Promoção da Saúde. Guia alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos. Brasília : Ministério da Saúde, 2019.
Purkiewicz, A.; Pietrzak-Fiećko, R.; Sörgel, F.; Kinzig, M. Caffeine, Paraxanthine, Theophylline, and Theobromine Content in Human Milk. Nutrients 2022, 14, 2196. https://doi.org/10.3390/nu14112196