Confira algumas recomendações sobre como evitar a influência das propagandas e conseguir manter uma alimentação saudável.
As propagandas de alimentos sempre estiveram presentes dentro da casa dos brasileiros, seja na televisão ou agora nas redes sociais. Marcas e produtos alimentícios se beneficiam constantemente da visibilidade que as propagandas oferecem, tornando-se mundialmente conhecidos pelos seus comerciais.
Entretanto, o mais comum é vermos propagandas apelativas de produtos que não são saudáveis, na maioria das vezes ultraprocessados produzidos por grandes monopólios alimentícios. Sendo assim, é muito importante ter cuidado para não ser influenciado por essas propagandas e manter uma alimentação saudável.
Conteúdo
Propagandas em alimentos
Alguns estudos realizados com canais de televisão aberta no Brasil indicaram que mais de 90% dos comerciais de alimentos se referem a produtos ultraprocessados, ou seja, alimentos não naturais que levam uma série de substâncias em sua composição.
Esses alimentos se tornam prejudiciais à saúde ao passo que são ricos em calorias, açúcar e gorduras saturadas. Seu consumo exacerbado está associado a um grande risco de desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, como obesidade, diabetes mellitus tipo 2 e doenças cardiovasculares.
Mas como atuam?
As grandes empresas do ramo alimentício possuem enormes equipes de marketing que utilizam diversas estratégias para convencer o consumidor a adquirir os seus alimentos. Dentre essas estratégias, muitas são consideradas abusivas e podem facilmente influenciar o pensamento do consumidor acerca de um produto.
O objetivo dessas técnicas é induzir uma imagem positiva do alimento, mesmo que este seja prejudicial à saúde, como é o caso dos ultraprocessados. É importante saber como identificá-las para conseguir evitar a influência que exercem. Se destacam:
- Uso excessivo de cores chamativas
- Promoção de brindes e prêmios
- Ausência de informações nutricionais dos produtos (ingredientes, valor calórico, nutrientes, etc…)
- Imagens alusivas ao consumo de ultraprocessados
- Uso da imagem de pessoas famosas
- Uso de efeitos especiais.
Esse processo se torna ainda mais prejudicial e influente quando se trata de crianças e adolescentes. Estudos concluem que essas faixas etárias são as mais suscetíveis à influência das propagandas por ainda estarem em processo de desenvolvimento psicológico.
Nesses casos, a indústria utiliza personagens infantis, desenhos animados, brinquedos e competições ou jogos para atingir esse público. Uma questão delicada, que tem sido uma das principais responsáveis pelo aumento expressivo da obesidade infantil nos últimos anos e causa muita preocupação nos órgãos de saúde.
Cuidados para ter uma alimentação saudável
Primeiramente, é muito importante conseguir identificar as práticas abusivas em propagandas de alimentos, citadas anteriormente. Dessa maneira, é possível evitar a influência que exercem e conseguir analisar de forma precisa a qualidade nutricional daquele produto.
Além disso, uma dica importante, endossada pelos profissionais nutricionistas, é sempre dar preferência pelo consumo de alimentos naturais ou que levem o mínimo de processamento, são esses frutas, verduras, legumes, oleaginosas, carnes não embutidas, grãos (arroz, aveia, milho…) e leguminosas (feijões, grão-de-bico, ervilha, lentilha…).
Uma atenção especial às crianças e adolescentes é muito importante também, a orientação dentro de casa e na escola acerca da alimentação pode prevenir contra uma alimentação inadequada e contra a influência desencadeada pelas propagandas nas redes sociais e televisão.
Por fim, a maior defesa que podemos ter contra os alimentos que podem trazer prejuízos à saúde é sempre adquirir conhecimento sobre o tema da nutrição. Acompanhar o que dizem os profissionais da saúde e da Nutrição, além de estudar acerca dos temas que permeiam essa área é muito importante para garantir a autonomia nas escolhas alimentares.
*Este conteúdo não substitui a orientação de um especialista. Agende uma consulta com o nutricionista de sua confiança*
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Referências
Julia S Guimarães, Laís A Mais, Fernanda H M. Leite, Paula M Horta, Marina O Santana, Ana PB Martins, Rafael M Claro, Publicidade abusiva de alimentos e bebidas na televisão brasileira, Health Promotion International , Volume 37, Edição 2 , abril de 2022
Meléndez-Illanes, L., González-Díaz, C. & Álvarez-Dardet, C. Advertising of foods and beverages in social media aimed at children: high exposure and low control. BMC Public Health 22, 1795 (2022).
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