Adotar bons hábitos de saúde ajuda o corpo a se proteger contra a doença
Com a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a vacinação contra o novo coronavírus começou no Brasil. E assim como em outras campanhas de imunização, como a da hepatite e a da gripe, a ciência estuda alguns hábitos e práticas saudáveis que podem ser levados em conta para aumentar a eficácia da vacina.
A seguir, veja o que os pesquisadores já elencaram como medidas eficientes que melhoram a imunidade e podem contribuir com a prevenção contra a Covid-19, mesmo depois da vacinação:
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Além de se vacinar e manter as medidas básicas para evitar o contágio da doença, como usar máscara corretamente, higienizar as mãos e evitar aglomerações, cuidar do próprio corpo é mais um grande aliado para se proteger. Confira o que fazer:
Adote uma alimentação saudável
Segundo os pesquisadores, embora um único nutriente ou sua deficiência possa ter pouco impacto na resposta à vacina, a dieta em geral pode ser um fator importante. Por exemplo, a dieta ocidental, que é rica em gorduras, açúcares refinados e alimentos processados, é responsável por uma epidemia de inflamação crônica e obesidade. Essa inflamação é maior entre os obesos, o que reduz a capacidade do sistema imunológico de proteger o organismo. Por isso, seguir uma alimentação saudável pode ser uma aliada da eficácia da vacina contra o coronavírus.
Para comer bem, uma dica é apostar nas 5 cores no prato: quanto mais colorido for o seu prato, maior vai ser a variedade de nutrientes (vitaminas e minerais) que você vai comer. E, quanto mais vitaminas e minerais, mais saúde! Também procure manter um consumo regular de frutas, legumes e verduras e evite industrializados. Para conferir preparos nutritivos e fáceis de fazer para o seu dia a dia, acesse nossa aba Receitas saudáveis clicando aqui.
Não fume
O hábito de fumar reduz a resposta do anticorpo à vacinação de diversas cepas. Apesar de não existirem ainda estudos específicos em relação à vacina de Covid-19, os cientistas acreditam que o efeito possa ser similar à da hepatite B, cujo risco para fumantes era de 1,53 mais vezes de não responder bem à vacina.
Durma bem
O sono afeta substancialmente a função imunológica. Por isso, aqueles que são constantemente privados de um descanso de qualidade correm não apenas um grande risco de não responder à vacina, mas também de serem acometidos por doenças graves.
Ingira probióticos e prebióticos
A alimentação molda a microbiota intestinal, que, por sua vez, pode determinar as respostas à vacina. Por isso, é importante optar por fontes de probióticos, como o kefir e alguns outros leites fermentados abundantes em bactérias benéficas à saúde, como as Bifidobactérias e os Lactobacillus, além de ingerir prebióticos, que são as fibras alimentares encontradas em alguns grãos, cereais e vegetais.
A nutricionista Izabel Lamounier explica o que são esses micro-organismos e compostos e onde encontrá-los no vídeo a seguir:
Cuide da saúde mental
A pandemia fez com que interações sociais diminuíssem, e muitas pessoas se isolaram de parentes e amigos. Por isso, uma preocupação dos cientistas é de que a saúde mental dessas pessoas possa comprometer a resposta da vacina, em especial pelo sistema imunológico. Isso porque pessoas que se isolam podem recorrer a outros hábitos, como o já citado tabagismo, além do alcoolismo, dietas de baixa qualidade, sedentarismo, estresse e depressão. E todos esses fatores podem ser considerados de risco para a imunidade.
Vale destacar que ainda precisamos evitar aglomerações, mas manter o contato com pessoas queridas à distância, por meio de telefonemas, chamadas de vídeo ou mensagens de celular é válido para o equilíbrio mental (e, consequentemente, pode ajudar na eficácia da vacina contra o coronavírus). Adotar uma rotina com atividades prazerosas no meio do dia também ajuda a relaxar. Psicólogos têm aumentado os atendimentos online, o que é mais uma opção para a saúde emocional. E até mesmo a dieta pode contribuir com o humor, entenda essa relação e veja o que priorizar no prato neste post.
Agora que você já sabe o que pode contribuir com a eficácia da vacina contra o novo coronavírus, aprenda a turbinar a imunidade por meio da alimentação com as dicas da nutricionista Natália Lopes. Assista aqui.
Este conteúdo não substitui a orientação de um especialista. Agende uma consulta com o nutricionista de sua confiança.
Referências bibliográficas:
Madison A. et al. Psychological and Behavioral Predictors of Vaccine Efficacy: Considerations for COVID-19. Psychological Predictors of Vaccine Response, 2020.
Waitzberg D. Qual é o papel do leite fermentado contendo o Lactobacillus casei defensis na prevenção de doenças infecciosas comuns? Nutritotal Pro, 2020.