O glutamato monossódico (MSG) adicionado em preparaçõesalimentícias é separado em sódio e glutamato livre no processo de digestão. Oglutamato presente no MSG corresponde quimicamente ao mesmo glutamato presentenaturalmente nos alimentos, portanto, é metabolizado da mesma maneira.
O glutamato é um importante aminoácido sintetizado emquase todas as células do organismo e precursor do ácido gama-aminobutírico(GABA), ambos atuam como neurotransmissores no sistema nervoso central.
Além de ser sintetizado pelo organismo, o glutamato estápresente em diversos alimentos, sendo neles responsável pelo gosto umami. Aproximadamente95% do glutamato proveniente da dieta é metabolizado em primeira passagem nointestino, sendo que 50% é metabolizado em CO2. Estudos demonstramque o glutamato é o maior contribuinte para a geração de energia intestinal,sendo um precursor específico para a biossíntese de glutationa, arginina eprolina pela mucosa do intestino delgado. Nas células da mucosa intestinal oglutamato é parcialmente transformado em alanina, enquanto no fígado éconvertido em glicose e lactato.
Em resumo, sabe-se que o corpo produz, diariamente, cercade 50 g de glutamato. Além disso, músculos e órgãos, como rim e fígado, sãocapazes de estocar quase 2 kg do aminoácido. Devido à produção endógena deglutamato ser maior que a necessidade, grande parte do glutamato ingerido nadieta é utilizada como combustível para funções digestivas.
Bibliografia
Reeds PJ,
Burrin DG, Stoll B, Jahoor F. Intestinal glutamate metabolism. J Nutr. 2000;
130(4S Suppl):978S-82S.
Mallick
HN. Understanding safety of glutamate in food and brain. Indian Journal
of Physiology and Pharmacology. 2007; 51(3):216-234.
Carvalho PRRM, Bolognesi VJ, Barreira SMW, Rocha-Garcia
CE. Características e segurança do glutamato monossódico como aditivo
alimentar: artigo de revisão. VisãoAcadêmica.
2011; 12(1):53-64.
Bellisle
F.Glutamate and the UMAMI taste: sensory, metabolic, nutritional and
behavioural considerations. A review of the literature published in the last 10
years.NeurosciBiobehav Rev. 1999;23(3):423-38.