Do pré-escolar até a 2ª série, a prevalência de sobrepeso e obesidade aumenta nas crianças americanas, mas somente durante as férias de verão, não durante o ano letivo, segundo um novo estudo publicado no periódico Obesity.
Trata-se de um estudo longitudinal com uma amostra nacionalmente representativa de 18.170 crianças americanas, que foram acompanhadas do outono do jardim de infância em 2010 até a primavera da segunda série em 2013. O peso e a altura das crianças foram medidas nas escolas em cada outono e primavera. Um modelo de crescimento multinível foi utilizado para estimar o crescimento no índice de massa corporal (IMC) médio, prevalência de sobrepeso e de obesidade durante cada verão e cada ano letivo.
Desde o início do jardim de infância até o final do 2º ano, a prevalência de obesidade aumentou de 8,9% para 11,5%, mas as taxas aumentaram apenas entre o final de um ano letivo e o início do próximo.
Da mesma forma, durante esses três primeiros anos de escolaridade, a prevalência de sobrepeso aumentou de 23,3% para 28,7%, com taxas aumentadas apenas durante as férias de verão.
Durante os meses escolares, em cada um dos três anos escolares estudados, houve um significativo e ligeiro decréscimo nas taxas de crianças obesas e uma ligeira redução, não significativa, das crianças com excesso de peso, o que sugere que as políticas escolares destinadas a reduzir a obesidade infantil, como a prática de atividade física, fornecimento de almoços saudáveis ou a proibição de refrigerantes podem ser protetores.
“Este estudo destaca a necessidade de olhar para além do ano letivo, uma vez que o risco de obesidade é maior quando as crianças estão fora da escola do que quando estão na escola”, concluem os autores. “É preciso educar as crianças para que fora da escola mantenham bons hábitos, assim como conscientizar os pais a manter hábitos saudáveis”, afirmam.
Referência
von
Hippel PT, Workman J. From Kindergarten Through Second Grade, U.S. Children’s
Obesity Prevalence Grows Only During Summer Vacations. Obesity (Silver Spring).
2016; 24(11):2296-2300.