Estudopublicado no The British Journal ofNutrition observou menor estresse oxidativo entre mulheres com maiorconsumo de frutas e vegetais, nutrientes antioxidantes e ácidos graxos ômega-3,enquanto maior estresse oxidativo foi encontrado em mulheres com maior consumode gorduras trans. Houve também uma possível relação inversa entre a atividadefísica total e o estresse oxidativo.
Participaramdo estudo, 912 mulheres pré-menopáusicas (com idades compreendidas entre os35-54 anos), das quais o F2-isoprostano (principal marcador de estressebioativo) e o seu metabólito foram medidos em amostras de urina coletadas noinício do estudo. A atividade física, o consumo de álcool e a ingestãodietética foram relatadas através de questionários. Com o ajuste parapotenciais fatores de confusão, os meios geométricos de F2-isoprostano e seumetabólito foram calculados de acordo com quartis de ingestão alimentar,consumo de álcool e atividade física, e modelos de regressão linear foramutilizados para avaliar as tendências.
Osresultados apresentaram associações inversas significativas entreF2-isoprostano e/ou seu metabólito e atividade física, consumo de vegetais,frutas, vitamina C, α-caroteno, vitamina E, β-caroteno, vitamina A, selênio,luteín, zeaxantina e ômega-3.
Embora oconsumo de gorduras trans tenha sido positivamente associado ao F2-isoprostanoe ao seu metabólito, outros subgrupos de gorduras alimentares incluindo gordurassaturadas, ácidos graxos ômega-6, ácidos graxos ômega-3, gorduras mono epoli-insaturadas e ácidos graxos de cadeia longa não estavam associados nem ao biomarcador.
“Em resumo,os resultados deste estudo sugerem que a atividade física e fatores dietéticosespecíficos, como nutrientes antioxidantes e ácidos graxos ômega-3, podem estarinversamente associados ao estresse oxidativo entre as mulherespré-menopáusicas”, concluem os autores. “Nossos resultados também sugerem queuma maior ingestão de gorduras trans pode estar associada a níveis mais elevadosde biomarcadores de estresse oxidativo. Estudos futuros são necessários paraavaliar biomarcadores adicionais de estresse oxidativo em populações maisdiversas”, afirmam.
Referência
Anderson
C, Milne GL, Sandler DP, Nichols HB. Oxidative stress in relation to diet and
physical activity among premenopausal women. Br J Nutr. 2016; 116(8):1416-1424.