Para isso, 44 pacientes foramsubmetidos à dieta restritiva por 18 meses e tiveram parâmetros clínicos elaboratoriais avaliados. Questionário validado para avaliação dos sintomas tambémfoi aplicado. As manifestações observadas pré e pós dieta incluíram: diarreia, inchaço, dor abdominal, constipação,perda de peso, fadiga, dor de cabeça, confusão mental, mialgia, erupçãocutânea, pequenas lesões orais, alterações do ciclo menstrual, depressão, ansiedade,osteopenia / osteoporose, deficiência de ferro, e níveis elevados deaminotransferase.
A adoção da dieta glúten free foiassociada à diminuição significativa de sintomas abdominais como diarreia,inchaço, e dor abdominal, e de sintomas extra intestinais como fadiga, dor decabeça, alterações do ciclo menstrual e erupção cutânea. Avaliação do score degravidade dos sintomas mostrou redução significativa na intensidade dasmanifestações. Com esses resultados, a adoção da dieta também foi associada àmelhor qualidade de vida dos pacientes.
Mesmo após anos da dieta glútenfree, 65,9% dos pacientes continuaram apresentando sintomas intestinais e 72,7%continuaram apresentando sintomas extra intestinais. Os autores discutem queessa questão pode estar associada à presença de FODMAPS em alguns alimentos quenão contêm glúten, ao estado de mal estar prolongado associado à condiçãoclínica, e até mesmo ao impacto social da dieta estudada.
Os autores concluem que por maisque a dieta glúten free tenha sido associada à melhora dos sintomas, muitospacientes ainda continuam apresentando manifestações relevantes após anos daadaptação alimentar, o que impacta negativamente a qualidade de vida. Osautores sugerem que esses pacientes sejam acompanhados com cautela para que se avaliea necessidade da exclusão de outros componentes alimentares como os FODMAPs.
Referência:
Tovoli F, Granito A, Negrini G, Guidetti E, Faggiano
C, Bolondi L. Long term effects of gluten-free diet in non-celiac wheat
sensitivity. Clin Nutr. 2017 Dec 26.
pii: S0261-5614(17)31437-1.
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