Zerumbona,um derivado da planta Zingiber zerumbet(Gengibre amargo), foi testado in vitroe in vivo por Wani e sua equipe para investigaros seus efeitos anti-HCC (carcinoma hepatocelular) e os mecanismos de açãoenvolvidos nessa associação. Para as análises in vitro, células humanas de HCC foram tratadas com diferentesconcentrações de Zerumbona. Nos testes invivo, ratos com HCC foram divididos em dois grupos – um recebeu injeções deHidroxipropil beta-Ciclodextrina (HPBCD), e outro recebeu injeções de Zerumbona(20 mg/kg/dia) durante 21 dias.
A Zerumbonainibiu o potencial carcinogênico de células HCC por inibição da progressão dociclo celular e promoção de apoptose de maneira dose-dependente. Modulou aexpressão de genes envolvidos no ciclo celular e apoptose, inibiu a expressãode genes regulados pelas vias de sinalização PI3K/AKT/mTOR e STAT3, reprogramouo metabolismo da glicose nestas células com redução do consumo de glicose e daprodução de lactato e bloqueio do ciclo celular, e regulou os genes envolvidosna glicólise e na via das pentoses por inibição da expressão de enzimas chaveque regulam esses processos.
Nostestes in vivo, a Zerumbona retardouo crescimento das células tumorais e as metástases associadas ao HCC.
Osautores concluíram que a Zerumbona evita a tumorigênese hepática in vitro e in vivo através da regulação do metabolismo das células cancerosaspor bloqueio do ciclo celular e promoção da apoptose. Sugerem que componentesdietéticos, como a zerumbona, podem ser excelentes opções terapêuticas para otratamento do HCC.
Referência:
Wani NA
et al. Reprograming
of Glucose Metabolism by Zerumbone
Suppresses Hepatocarcinogenesis. Mol Cancer Res. 2018 Feb;16(2):256-268.