A IMPORTÂNCIA DA ENFERMEIRA ESPECIALISTA NA PREVALÊNCIA DE INFECÇÃO EM CATETERES PARA NUTRIÇÃO PARENTERAL

Postado em 3 de agosto de 2005

Autores: SALVADOR, CM*; LOPES, NLA; SOBREIRA, MJ; MELLO, DA; MELO, DA; ROCHA, EEM;

Instituição: Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional – Hospital COPA D’OR – Rio de Janeiro

Introdução: Os pacientes em nutrição parenteral (NP) estão predispostos à infecção do cateter para o acesso da NP. A qualidade do manuseio do curativo específico desse acesso tem importante influência na prevalência de infecção. Objetivo: Analisar a importância e a influência da presença da enfermeira especialista (EE) nos cuidados do acesso venoso específico. Pacientes e Métodos: No período de outubro / 2003 a fevereiro / 2005, foram avaliados retrospectivamente 43 pacientes em NP acompanhados pela Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional (EMTN), submetidos à 91 punções venosas profundas, com idade de 59 ± 19 anos, sendo 22 (51%) femininos e 21 (49%) masculinos, com superfícies corporais de 1,64 ± 0,24 e 1,89 ± 0,23 m2 respectivamente, com diferença entre os sexos (p = 0,001). O aporte calórico proposto foi de 26,9 ± 4,7 Kcal/Kg peso atual/dia, com 92 ± 24g de proteína / dia e a relação Kcal/gN2 102,2 ± 26, 9:1. Os curativos foram feitos com filmes transparentes semi-permeáveis (S), não-permeáveis (N) e gaze (G), com clorhexidine alcoólica 2%. A infecção de cateter (Ct) foi caracterizada por culturas positivas simultâneas na ponta do Ct e no sangue. Foi analisada a prevalência de infecção em relação ao tempo de permanência do curativo e do Ct, do sítio da punção e ao tipo de curativo realizado. Resultados: A prevalência total de infecção do cateter para NP foi 6,6 ± 2,0% (6) em 91 acessos venosos. Os tempos de permanência dos Cts de veias subclávia (VSC) e jugular interna (VJI) nos Cts sem infecção (VSC=59 x VJI=23) foram de 9,4 ±4,8 x 6,9 ±4,0 dias, p=0,03 e nos com infecção (VSC=4 x VJI=2) foram de 7,8±2,5 x 15,5 ±1,5 dia, p=0,02. Todavia, não houve diferença nas infecções entre os Cts de VSC e sim entre os de VJI sem e com infecção, com 6,9±4,0 x 15,5±1,5 dia, p=0,006 respectivamente. A prevalência de infecções relativas ao tempo de permanência e a quantidade dos curativos utilizados entre os filmes S e N não foram diferentes, assim como entre os filmes e os curativos com gaze. Contudo, não houve infecção nos Cts 84(92,3%) cuidados exclusivamente pela EE, em relação àqueles não cuidados e com infecção 5 de 6(83,3%), com p < 0,0001, _2 = 63,8._ Conclusão: Os tempos de permanência dos Cts de VSC foi maior nos não infectados e menor nos infectados em relação aos de VJI, assim como o tipo de curativo não faz diferença na prevalência das infecções, entretanto é primordial a presença da EE nos cuidados desses curativos, visando a diminuição das infecções.

Unitermos: nutrição parenteral, curativos, acesso venoso, prevalência de infecção, enfermeira especialista.

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