Diretriz para Manejo da Caquexia

Postado em 8 de outubro de 2020 | Autor: Roberta Ciudi

A caquexia possui três fases que dependem do tipo de câncer e ingestão alimentar

Terapia Nutricional em pacientes graves

A caquexia é definida como uma síndrome multifatorial caracterizada pela perda do apetite, peso e músculo esquelético, que podem levar a fadiga e interferir na qualidade de vida do indivíduo. Essa síndrome acomete, em maioria, pacientes oncológicos em estágios avançados.

No ano de 2011, foi publicado consenso internacional sobre a definição e classificação da caquexia no câncer, definindo a doença como: > 5% da perda de peso nos últimos 6 meses ou 2%-5% de perda de peso e IMC menor que < 20 kg/m2 ou redução da massa muscular.

De acordo com o consenso, existem três fases: 1) pré-caquexia, 2) caquexia e 3) caquexia refratária, sendo que nem todos os pacientes evoluem até a terceira fase. Essas condições dependem do tipo do câncer, estádio, ingestão alimentar, presença de inflamação sistêmica e inatividade física.

Composição da dieta

Para pacientes com câncer em estágio avançado o principal objetivo é fornecer aos pacientes e cuidadores instruções quanto a ingestão de dieta hiperproteica, hipercalórica e com aporte adequado de nutrientes.

Nutrição Enteral e Parenteral

Não se recomenda oferta de nutrição enteral ou parenteral para manejo da caquexia em pacientes com câncer avançado, a menos que estes apresentem alguma complicação que interfira na absorção de nutrientes, como síndrome do intestino curto, ou impeça a alimentação via oral.

Ômega-3

Uma meta-analise publicada em 2018 evidenciou que a suplementação via oral de Ômega-3 contribuiu para manutenção de peso de aproximadamente 2 quilos. Os autores recomendaram realização de mais estudos clínicos para comprovação desses efeitos.

Vitaminas, minerais e outros suplementos dietéticos

Uma revisão sistemática realizada em 2017 avaliou a suplementação de vitamina E combinada com ômega 3, vitamina D, vitamina C,  HMB, arginina, glutamina e L-carnitina. Apesar de alguns estudos reportarem aumento da massa magra e IMC, os autores da revisão concluíram que ainda há poucas evidências para recomendação dessa suplementação.

Para ler a diretriz na íntegra clique aqui 

Referência

Roeland, E. J, et al. Management of Cancer Cachexia: ASCO Guideline. Journal of Clinical Oncology. 2020

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