Co-autores: Fabiane Regina Guimarães Oliveira, Silvana da Silva Cardoso, Leandro Aparecido Paulino, Maralisi Clemente, Silvia Maria Albertini, Maria Regina Pereira de Godoy.
Instituição: Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto – Hospital de Base de São José do rio Preto – FUNFARME. São José do Rio Preto – SP
INTRODUÇÃO: O envelhecer é um processo normal que acomete todas as pessoas, porém associadas a este processo estas as sucessivas perdas em função do declínio do ritmo biológico, e estas perdas estão diretamente ligadas à forma de se alimentar deste idoso (FRANK & SOARES, 2002). Uma alimentação adequada, com ingestão regular de frutas e verduras, quantidade reduzidas de sal e gorduras, mais exercício físico pode reduzir o risco de diversas afecções (NETO, 2003). A desnutrição no idoso pode acontecer devido a alterações fisiológicas do envelhecimento, condições sócio-ecônomicas, doenças e interações droga-nutrientes. A incidência da desnutrição alcança níveis significativos (15-60%) em pacientes idosos hospitalizados ou que vivem em casas de repouso ou que estão em programa domiciliar de atendimento (HUDMAN & FELLER, 1989, ERSTETTER et al, 1992.) A avaliação do estado nutricional do idoso é um fator crítico na determinação de seu estado de saúde. Um mau estado nutricional associa-se a maior morbidade, sendo a desnutrição a causa de maior incidência de morbidade e mortalidade. (MORLEY,1994) OBJETIVOS: Traçar o perfil nutricional de pacientes idosos internados em hospital de ensino e verificar a prevalência de desnutrição. CASUISTICA E METODOS: Foram avaliados prospectivamente, no período de Maio a Agosto de 2004, 100 pacientes idosos com idade entre 60 e 93 anos, sendo 58 homens e 42 mulheres, com idade média de 76,5 anos. A avaliação foi realizada por nutricionistas, nos pacientes internados num hospital universitário, nas seguintes enfermarias: Clinica Medica, Pneumologia, Nefrologia, Gastroenterologia, Doenças Infecto-Parasitarias, Dermatologia, Cirurgia Geral e Neurocirurgia. O instrumento utilizado na avaliação foi baseado no método MAN (Mini Avaliação Nutricional) e aplicado até 5 dias de internação. RESULTADOS: Dos 100 pacientes avaliados, 24% apresentaram-se eutróficos, considerados sem risco de desnutrição. Setenta e seis pacientes (76%) foram considerados com possibilidade de desnutrição, e, na segunda parte da avaliação foram classificados em 2 grupos: com risco de desnutrição (48,7%) e desnutridos (51,3%). Quanto ao IMC a maioria (49%) foi considerada desnutrida. De acordo com a avaliação global a maioria relatou uso crônico de medicamentos (73,7%) e 33 pacientes (43,4%) apresentavam lesões/escaras. Entretanto, 49 pacientes (64,5%) alimentavam-se sozinhos, sem dificuldades e 68 deles (89,5%) realizavam mais que 3 refeições por dia. O consumo de alimentos fontes de proteínas foi relatado como freqüente em 61,8% dos pacientes e o consumo de frutas ou vegetais relatado como diário em 63,2% deles. A maioria (56,6%) relatou ingesta de líquidos menor do que cinco copos por dia. Com relação `a auto- percepção do estado nutricional, verificou-se que 39,5% dos pacientes (n=30) acreditavam estar desnutridos.CONCLUSÃO: A desnutrição ou risco de desnutrição é um achado freqüente entre pacientes idosos hospitalizados, portanto torna-se importante a realização da triagem nutricional precoce nos pacientes de risco. A MAN é um método simples, eficaz e fácil aplicação e pode ser utilizado na avaliação deste grupo de pacientes.
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