ASPEN publicou protocolos assistenciais no manejo nutricional para pacientes admitidos com COVID-19 em UTI
ASPEN publicou orientações para manejo de pacientes diagnosticados com COVID-19 que estão em situação crítica, elucidando que as condutas são similares ao tratamento de pacientes admitidos por comprometimento pulmonar.
O documento recomenda que os profissionais envolvidos na assistência nutricional de pacientes infectados por SARS-CoV-2 devem utilizar equipamento de proteção individual e a triagem deve ser efetuada a distância, por meios virtuais ou telefônicos.
As necessidades nutricionais devem ser feitas utilizando o peso usual dos pacientes, aquele relatado pela família. A oferta calórica deve ser feita considerando estimativas, já que a calorimetria indireta não é viável.
Quanto ao momento de ofertar nutrientes, a meta é iniciar nutrição enteral o mais breve possível, dentro de um período de 24-36 horas após a admissão do paciente na UTI. Casos nos quais paciente de alto risco não toleram nutrição enteral devido a complicações gástricas, a nutrição parenteral precoce deve ser iniciada.
Inicialmente, a nutrição enteral deve ser hipocalórica ou normocalórica, evoluindo para doses maiores ao longo da primeira semana para atingir a meta de 15-20 kcal/Kg de peso e para proteínas a meta estabelecida é de 1,2-2,0 g/kg. Se for necessária nutrição parenteral, deve-se controlar a oferta de dextrose e volume, evoluindo essa oferta lentamente, chegando a mesma meta calórica descrita anteriormente.
Fórmulas poliméricas hiperproteicas são indicadas na fase crítica inicial da doença. A medida que o quadro clinico do paciente for sendo estabilizada, a adição de fibras deve ser considerada, por beneficiar a microbiota. Se houver disfunção gastrointestinal significante, formula sem fibras devem ser escolhidas a fim de melhorar a tolerância.
Alguns testes realizados em humanos sugerem que fórmulas contendo óleo de peixe podem ser benéficas para imunomodulação e pode auxiliar a controlar infecções virais. Porém, ainda são necessários mais estudos e testes para tornar essa recomendação viável.
Referências:
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