A desnutrição é uma condição que atinge até 50% dos pacientes nos hospitais da América latina, e pode afetar negativamente a sua recuperação, aumentando o tempo de internação e levando a complicações graves.
Por isso, os nutricionistas hospitalares estão sempre vigilantes ao estado nutricional dos pacientes e a tudo que pode comprometer a sua aceitação alimentar. Mas quais são as principais estratégias de acompanhamento da aceitação alimentar, e como isso é feito na prática?
Para responder estas e outras perguntas, contamos com uma ajuda especial: a nutricionista Paula Oliveira, pós-graduada em Saúde Nutricional Integral em Consultório, Hospital e pós alta pelo GANEP Educação, e que integra a Sodexo On-site há mais de 5 anos.
Por que monitorar a aceitação alimentar hospitalar?
São inúmeras as razões que levam à diminuição da ingestão alimentar no hospital, desde as alterações no paladar até a insatisfação com as preparações. Por isso, estar atenta à aceitação alimentar do paciente é de suma importância.
Segundo a profissional, a avaliação correta da ingestão alimentar é importante por diversos motivos, incluindo:
- Evitar a perda de peso;
- Evitar a piora da doença;
- Estabelecer o melhor padrão alimentar para o paciente;
- Avaliar a necessidade de suplementação.
Mas como fazer isso na prática?
Como avaliar a aceitação alimentar na prática?
A nutricionista Paula orienta que se utilize o índice de resto ingesta, a partir da recolha da bandeja realizada pela copeira.
Essa avaliação consiste, basicamente, na observação da relação entre a quantidade de alimentos oferecidos, e a quantidade de sobras no prato. Quando o índice é maior que 10%, é caracterizada uma baixa aceitação alimentar.
De acordo com a profissional, esse método permite que se aja diretamente, incluindo suplemento alimentar, aumentando o aporte calórico, ou até mesmo adequando o cardápio ao paciente.
No podcast produzido pelo Nutritotal PRO em parceria ao grupo Sodexo On-site, a nutricionista Paula explica como sensibilizar e treinar as copeiras neste processo, a frequência de aplicação do método, e traz exemplos de casos práticos que ocorreram em sua jornada profissional.
Ouça abaixo!
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