Qual o papel dos fitoterápicos na performance esportiva?

Postado em 9 de setembro de 2016 | Autor: Alweyd Tesser

O exercício físico intenso induz o aumento da produção de radicais livres e outras espécies reativas de oxigênio (EROs), que em níveis aumentados causam distúrbios no equilíbrio redox muscular. Alterações importantes neste sistema podem promover lesão oxidativa e fadiga muscular. Frente a isso, tem se buscado alternativas terapêuticas ao atleta, com destaque para os fitoterápicos, objetivando melhora no potencial antioxidante, de forma a prevenir lesões, fadiga muscular e aumento no desempenho esportivo.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), denomina fitoterápico o produto obtido de planta medicinal, ou de seus derivados, exceto substâncias isoladas, com finalidade profilática, curativa ou paliativa. Os fitoterápicos são regulamentados no Brasil como medicamentos convencionais e por isso devem apresentar critérios similares de qualidade, segurança e eficácia requeridos pela Anvisa para todos os medicamentos. Com relação à prática esportiva, alguns desses medicamentos vêm ganhando notoriedade devido suas propriedades benéficas ao atleta.
A suplementação com extrato da planta Rhodiola rosea em atletas tem demonstrado redução de lactato e parâmetros de lesões musculoesqueléticas após sessão de atividade física exaustiva, melhorando a habilidade de adaptação para prática de atividades físicas. Além disso, o fitoterápico é capaz de suprimir a fadiga e resposta ao cortisol, além de melhorar a capacidade de concentração.
O Panax ginseng, uma erva chinesa, é frequentemente utilizada em países asiáticos para o aumento da força física. Foi observado que seus componentes ativos, dentre os quais os polissacarídeos, possuem a capacidade de evitar a fadiga, demonstrado pelos seus efeitos sobre a redução dos marcadores biológicos. Além disso, a suplementação no exercício agudo demonstrou redução da glicemia pós-prandial em indivíduos não diabéticos.
A suplementação com Echinacea purpurea pode atenuar a supressão imune da mucosa ocorrida no exercício intenso, além de reduzir o tempo de duração de sintomas respiratórios. Por sua vez, o Pinus pinaster auxilia no aumento do desempenho de resistência em atletas, diminui o estresse oxidativo e a fadiga muscular.
Em suma, é válido salientar a importância de mais estudos que comprovem a real eficácia dos fitoterápicos na prática esportiva, de modo a auxiliar o profissional da saúde habilitado a realizar essas prescrições mediante evidências científicas.
Leia também:

 

Bibliografia

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