Avaliação corporal em pacientes criticamente enfermos

Postado em 9 de novembro de 2021

Banner da cobertura CBMI 2021 sobre "Avaliação corporal em pacientes criticamente enfermos", com uma mulher usando jaleco branco sentada na cadeira

Dando continuidade à cobertura do XXVI Congresso Brasileiro de Medicina Intensiva, a nutricionista Priscilla Barreto compartilha conosco pontos importantes da aula da nutricionista Carla Prado sobre composição corporal.

Importante lembrar que dois pacientes podem ter o mesmo peso e quantidade de massa muscular diferentes, da mesma forma que pacientes com a mesma quantidade de massa muscular, podem ter pesos diferentes e isso nos remete a importância da avaliação da composição corporal e não só do peso no acompanhamento de pacientes críticos.

A perda da massa muscular nesses pacientes é rápida e intensa, acontece principalmente nos primeiros 10 dias, mas pode persistir por período maior, estando relacionada a desfechos clínicos negativos a curto e longo prazo.

Devemos considerar a avaliação não só da quantidade de músculo, como também da sua qualidade e essa avalição vai favorecer a escolha da melhor conduta nutricional.

Na aula são destacados três métodos de avaliação de composição corporal: tomografia computadorizada (TC), bioimpedância (BIA) e ultrassonografia (USG), sendo abordados os prós e contras de cada método.

– Bioimpedância: é de baixo custo e de fácil utilização, porém tem limitações, sobretudo relacionadas ao grau de hidratação. A avaliação do ângulo de fase deve ser considerada, por sofrer menos influencia e ser considerado um marcador de massa muscular. Este parâmetro tem sido associado a estresse oxidativo, fatores de inflamação e dano celular.

– Ultrassonografia: parece ser um método bastante atraente para a rotina de UTI. Ele avalia a espessura do músculo e a baixa espessura do músculo tem sido associada a desfechos negativos. No entanto, também é influenciado pelo edema e ainda não protocolos bem estabelecidos para seu uso.

Tomografia computadorizada: é um método de conveniência e quando o paciente realiza tomografia de abdómen ou tórax, esta pode ser usada também para avaliação de composição corporal.

Foi destaque um novo parâmetro avaliado a partir da TC, a radiodensidade do tecido muscular, que parece estar bastante associado ao tempo de sobrevida e inflamação. No entanto, o edema também é um limitador para avaliação por TC.

Fica a mensagem de que é cada vez mais importante considerar a avaliação de composição corporal de pacientes críticos e principalmente acompanhar a perda da quantidade e da qualidade da massa muscular, desta forma, as condutas podem ser mais assertivas e os desfechos clínicos evitados.

 

O CBMI – Congresso Brasileiro de Medicina Intensiva – é o maior congresso de terapia intensiva da América Latina, este ano com destaque para todo aprendizado da pandemia e o quanto isso trará benefícios para a assistência daqui em diante.

Acompanhe a Cobertura do XXVI CBMI aqui no Nutritotal PRO.

 

 

 

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