Obesidade sarcopênica e fragilidade: que impacto podemos ter? – Cobertura ASPEN 2022

Postado em 30 de março de 2022

Obesidade Sarcopênica e fragilidade

Nesta sessão do congresso ASPEN 2022, discutiu-se critérios de avaliação nutricional e de composição corporal em sarcopenia e obesidade sarcopênica.

A Dra. Maria de Lourdes* acompanhou a sessão e nos apresentas os pontos de destaque. Acompanhe a seguir.

Discutiu-se, mais uma vez, os estudos de validação do GLIM, ferramenta de grande importância na avaliação da desnutrição.

O GLIM considera critérios fenotípicos e etiológicos, durante um tempo foi um consenso de especialistas, mas agora já foram publicados vários estudos de validação que compararam o GLIM a ASG.  Nos estudos, foi demonstrado que ele foi capaz de prever mortalidade.

Foram apresentados, também, estudos de validação da ferramenta AND-ASPEN, também comparada a ASG, sendo identificado que esta ferramenta foi capaz de prever internação prolongada, custos e reinternação.

Considerando a avaliação de composição corporal e identificação de baixa massa muscular, foi reforçada a ideia de que idosos com perda muscular apresentam priores prognósticos em UTI, independentemente do seu IMC.

Busca-se, então, tornar a avaliação de sarcopenia mais viável para a prática clínica, sendo mais viável medir força muscular com dinanometria do que avaliar massa muscular com as ferramentas tradicionais.

Torna-se um desafio ainda maior a avaliação de obesidade sarcopênica, que segue sem consenso de definição internacional. Nesta sessão do ASPEN, discutiu-se algumas das ferramentas mais utilizadas atualmente.

O ultrassom é um método portátil, não invasivo, de baixo custo, que pode ser realizado a beira leito, permitindo uma avaliação quantitativa e qualitativa do músculo. O músculo do quadríceps femoral é o mais indicado, com estudos de validação e de fácil acesso no paciente crítico.

Apesar de serem necessários alguns estudos de padronização, a avaliação na UTI pode incluir quantidade e qualidade muscular, associada a força e função.

A bioimpedância também foi discutida, destacando o ângulo de fase como indicador que reflete qualidade muscular.

Por fim, discutiu-se a intervenção na sarcopenia, com destaque para o cuidado de idosos, já que estes têm maior risco de desnutrição, caquexia e fragilidade.

Para diagnóstico e tratamento da sarcopenia, considerou-se a definição apresentada pelo novo consórcio SDOC e o Guideline de 2018.

Atividade física, consumo de proteína, suplementação de vitamina D, uso de medicamentos. Assista ao vídeo da Dra Lourdes e veja o que tem maior evidência no tratamento da sarcopenia.

 

 

*Dra. Maria de Lourdes Teixeira da Silva

Mestre em Medicina (Gastroenterologia) pelo Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologia
Especialista em Nutrição Parenteral e Enteral pela Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral – BRASPEN
Diretora do GANEP Nutrição Humana

 

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