É melhor investir nos produtos diet e light ou reduzir o doce normal?

Entenda a diferença entre esses dois tipos de alimentos e como fazer a escolha certa para você

Para perder peso ou manter uma alimentação saudável, os nutricionistas orientam seus pacientes a fazerem pequenas trocas nos alimentos e nas quantidades que já consomem para obter mais nutrientes e menos calorias nas refeições. Porém, o que nem sempre é recomendado, mas as pessoas acreditam ser o ideal, é a substituição por alimentos diet e light.

Foto: Shutterstock.com

Antes de fazer qualquer mudança na alimentação, é importante que você conheça a composição dos alimentos e entenda porque eles recebem determinados nomes. Para facilitar suas escolhas, que tal entender o que são alimentos diet e light?

O que é um alimento diet?

Diet significa dieta em inglês e, segundo a Secretaria de Vigilância Sanitária, do Ministério da Saúde, esse nome pode ser colocado na embalagem de produtos que sejam voltados para dietas com restrição de carboidratos, proteínas, gorduras ou sódio, ou ainda, para controle de peso. Essa alegação pode ser utilizada também em alimentos para controle da ingestão de açúcares, pensados geralmente para pessoas com diabetes.

Alimentos diet possuem, então, uma quantidade insignificante ou inexistente de algum desses nutrientes. Isso não quer dizer, que sejam alimentos saudáveis. Para manter o sabor semelhante ao produto tradicional, o alimento diet pode levar em sua composição adoçantes, também chamados de edulcorantes, além de mais gorduras que podem elevar o teor calórico do produto.

E o que é alimento light?

Também originária do inglês, a palavra light é traduzida como leve e é usada em alimentos que contenham teores reduzidos de calorias, açúcares, gorduras, colesterol ou sódio, como por exemplo, o sal light.

Pode ser considerado light, o alimento que contém um desses aspectos:

• Calorias: no máximo 20 kcal em 100 ml de alimento líquido ou no máximo 4 kcal em 100 g de alimento sólido
• Açúcares: no máximo 0,5 g em 100 g ou 100 ml de alimento
• Gorduras totais: no máximo 1,5 g em 100 ml de alimento líquido ou no máximo 0,5 g em 100 g de alimento sólido
• Colesterol: no máximo 5 mg em 100 g ou 100 ml de alimento
• Sódio: no máximo 120 mg em 100 ml ou 100 g de alimento

Conclusão

Respondendo à pergunta do título, como falamos, para receber os nomes diet ou light, os alimentos passam por modificações, como o acréscimo de ingredientes, às vezes desconhecidos do nosso dia a dia, sendo classificados como alimentos ultraprocessados.

Os ultraprocessados são alimentos que, segundo o Guia Alimentar para a População Brasileira, devem estar ausentes ou em quantidades reduzidas na nossa dieta, pois estão associados ao desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis como obesidade, doenças cardiovasculares e diabetes.

Pensando em redução de peso, a adição de outros ingredientes a esses produtos, pode inclusive elevar as calorias do alimento, o que é indesejável em planos alimentares que objetivam o emagrecimento. Reduzir as calorias para menos do que gastamos, é o que induz à perda de peso.

Nesse sentido, manter o doce ou outros alimentos tradicionais é preferível, na ausência de condições como hipertensão, diabetes ou colesterol alto, que exigem um cuidado maior com a alimentação. Com um aconselhamento nutricional e o planejamento de um cardápio que inclua as suas preferências, a redução nas quantidades permite que você mantenha os alimentos que gosta sem precisar fazer trocas que podem não ser tão saudáveis quanto parecem.

Referências

Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Guia alimentar para a população brasileira, 2. ed., 2014.

Japur, Camila Cremonezi et al. Disponibilidade de informação sobre quantidade de açúcar em alimentos industrializados. Ciência & Saúde Coletiva. 2021, v. 26, n. 3, pp. 1153-1162. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1413-81232021263.07872019>.

Ministério da Saúde. Entenda o que são produtos light e diet, 2017.

Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria nº 27, de 13 de janeiro de 1998. Brasília, 1998.

Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria nº 29, de 13 de janeiro de 1998. Brasília, 1998.