COMPARAÇÃO DO GASTO METABÓLICO DE REPOUSO OBTIDO PELO MÉTODO DE CALORIMETRIA INDIRETA COM EQUAÇÕES PREDITIVAS EM PACIENTES CRÍTICOS INTERNADOS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

Postado em 3 de agosto de 2005 | Autor: Pescuma, J.M.S.

Co-Autores: . Horie, L.M., Pucci, N.D., Park, M., Loureiro, S.M.S.C

Instituição: Hospital Das Clínicas – Instituto Central – Faculdade De Medicina Da Universidade De São Paulo. Brasil.

A determinação precisa das necessidades energéticas está incluída nos cuidados nutricionais ao paciente em estado grave. O objetivo deste estudo foi comparar o gasto energético de repouso medido pela calorimetria indireta e as equações preditivas em pacientes críticos. Metodologia: Foi realizada a calorimetria indireta com os pacientes no primeiro ou segundo dia de internação e os mesmos deveriam estar em repouso por pelo menos 30 minutos e em jejum de 2 horas. Após a realização da calorimetria foi realizada a aferição da altura, tomada da circunferência do braço e altura do joelho do paciente, utilizando estadiômetro e fita métrica. A altura dos pacientes foi estimada pela fórmula de CHUMLEA, 1994. Foram aplicadas as equações para cálculo da taxa de metabolismo de Harris-Benedict, Ireton-Jones, Mifflin-St Jeor e Quebbeman. As fórmulas foram comparadas a calorimetria indireta estatisticamente através do teste de pearson utilizando-se do programa SIGMA STAT Statistical Software Versão 2.0. Resultados: Foram avaliados 17 pacientes sendo 59% (n=10) do sexo feminino e 41% (n=07) do sexo masculino, com idade de 54,0 (±9) anos e 54,1 (±16) anos respectivamente. A média de peso e altura dos pacientes avaliados foi de 74,7 kg(±16,35) e 1,65m (±0,13) respectivamente. Quanto à terapia nutricional 88,2% (n=15) recebiam dieta enteral e 11,8%(n=2) estavam em jejum. Dentre os pacientes avaliados 47%(n=8) receberam alta e 53%(n=9) foram a óbito. Este fato pode ser justificado devido a complexidade dos pacientes, nível terciário, com altos índices de escala de gravidade segundo APACHE II E SOFA. As causas mais comuns de admissão foram insuficiência respiratória (41,2%), sepse e BCP (29,4%), choque séptico (23,5%) e HIV (17,6%). A média de gasto energético obtido pela calorimetria indireta foi de 1778,82 (±410,2) kcal/dia, por Harris-Benedict de 1525,41 (±247,1) kcal/dia, Harris-Benedict X 1,1 de 1677,9 (±271,84) kcal/dia, Harris-Benedict X 1,2 de 1830,5 (±296,56) kcal/dia, Ireton-Jones 1916,6 (±249,1) kcal/dia, Mifflin-St Jeor de 1432,7 (±261,4) kcal/dia e Quebbeman de 1533,6 (±232,9) kcal/dia Conclusão: Os valores resultantes do gasto energético de repouso medido pela calorimetria indireta e as equações preditivas apresentaram boa correlação (p<0,01 e r=0,8). Sendo que a formula de Harris-Benedict multiplicada pelo fator de correção 1,2 a média mais próxima do valor obtido pela calorimetria indireta.

Cadastre-se e receba nossa newsletter