Co-Autores: Alessandra Pedrosa Trindade Rocha, Erica Leandro Marciano Vieira, Jacqueline Alvarez Leite
Instituição: UFMG
A gelatina é uma proteína de origem animal que apresenta composição de aminoácidos incomum às demais proteínas, e é bastante consumida na dieta humana. Alguns autores defendem que certos aminoácidos podem alterar o metabolismo do colesterol, através de uma ação hipo ou hipercolesterolêmica. Com o objetivo de se verificar a influência da ingestão da gelatina no perfil lipídico e glicemia, 34 voluntárias; na faixa etária de 20 – 40 anos; que ingeriram 12g/dia de gelatina durante 28 dias foram submetidas a avaliações clínicas, antropométricas, dietéticas e sanguíneas.Foram aferidos peso, estatura e percentual de gordura corporal (balança). Foi coletada amostra de sangue para dosagem (kits) de triglicérides, colesterol total e frações. Utilizou-se glicosímetro para verificação da glicose. Ingestão alimentar, dados clínicos e atividade física foram pesquisadas através de questionários.Observou-se uma redução dos níveis de triglicérides e conseqüentemente de VLDL ao longo do experimento. Não houve alteração nos níveis de colesterol total, HDL, LDL e da glicemia de jejum. O peso, percentual de gordura das voluntárias não foi alterado. Em relação à ingestão dietética avaliada por três recordatórios alimentares 24h pode-se verificar que não houve alteração da ingestão durante os 28 dias de experimento. Através do Questionário de Freqüência do Consumo Alimentar ficou detectado que, apesar de normolipidêmicas, o grupo apresenta um hábito alimentar favorável ao desenvolvimento de doença cardiovascular, pois ingerem baixas quantidades de alimentos considerados protetores como: frutas, verduras e legumes.Em conclusão, a ingestão da gelatina demonstra ser benéfica para a redução da trigliceridemia, sugerindo um efeito benéfico em indivíduos com hipertrigliceridemia. Em relação ao colesterol total e glicemia o consumo da gelatina não exerceu nenhuma influência.