O consumo de produtos lácteos com baixo teor de gordura está associado com menor risco de síndrome metabólica em idosos‏

Postado em 16 de outubro de 2015 | Autor: Alweyd Tesser

 

Um estudo publicado no The Journal of Nutrition demonstrou que o tipo de produto lácteo ingerido por idosos pode influenciar em maior ou menor grau o desenvolvimento de síndrome metabólica (SM), sendo os produtos com maior conteúdo de gordura mais prejudiciais.
 
A associação entre o consumo de produtos lácteos e o risco de desenvolvimento de SM ainda é pouco explorado, e diante desse fato, pesquisadores espanhóis conduziram um estudo prospectivo multicêntrico, no qual selecionaram 1868 voluntários com idade entre 55 e 80 anos, sem diagnóstico prévio de SM no início do estudo. Os pacientes foram selecionados em diferentes centros médicos e o acompanhamento durou cerca de 3,2 anos.
 
Dados antropométricos, hábitos alimentares e análises bioquímicas foram coletados no início do estudo e depois anualmente.
Foram documentados 930 casos de SM durante o período de acompanhamento. O maior consumo de produtos lácteos como iogurtes (natural e desnatado), e leite desnatado foram associados com um risco reduzido para o desenvolvimento de SM. Por outro lado, maior consumo de queijos foi relacionado à maior incidência de SM. 
 
Da mesma forma, o aumento do consumo de iogurte integral também foi inversamente associado com o desenvolvimento da SM, enquanto o consumo de iogurte desnatado foi inversamente relacionado com níveis séricos de triglicérides e glicemia de jejum.
 
“O presente estudo sugere que o consumo de produtos lácteos com baixo teor de gordura, está associado a uma menor incidência de síndrome metabólica em indivíduos idosos com risco elevado de doenças cardiovasculares”, concluem os autores.

 

Referência (s)

Babio N, Becerra-Tomás N, Martínez-González MÁ, Corella D, Estruch R, Ros E, et al. Consumption of Yogurt, Low-Fat Milk, and Other Low-Fat Dairy Products Is Associated with Lower Risk of Metabolic Syndrome Incidence in an Elderly Mediterranean Population. J Nutr. 2015; 145(10):2308-16.

Leia também



Cadastre-se e receba nossa newsletter