A obesidade hipotalâmica (HyOb) pode ser definida como uma complicação de extensas lesões hipotalâmicas que podem causar alterações metabólicas, como hiperfagia, hiperinsulinemia, prejuízo da termogênese, além de desordens funcionais no sistema nervoso autônomo.
Esta condição pode ser observada especialmente em pacientes com craniofaringioma (CP), um tumor embrionário localizado na região do hipotálamo/hipófise, que causa danos ao hipotálamo devido ao próprio tumor e pelo tratamento (excisão cirúrgica e radioterapia). O craniofaringioma é uma neoplasia de natureza benigna, pouco frequente, responsável por 1% a 3% de todos os tumores intracranianos.
Outros fatores também podem fazer parte da etiologia da obesidade hipotalâmica:
-Tumores: Craniofaringioma, epitelioma, angiosarcoma, colesteatoma, pinealoma, greminoma, endotelioma, ependimoma, glioma, meningioma, macroadenoma hipofisário, teratoma, metástases.
-Inflamação: Sarcoidose, tuberculose, aracnoidite, histiocitose x, encefalite.
-Síndromes genéticas: Síndrome de Prader-Willi, síndrome de Bardet-Biedl.
-Traumatismo craniano
-Neurocirurgia
-Radioterapia craniana
-Aneurisma cerebral
-Drogas psicotrópicas
O mecanismo proposto para a obesidade hipotalâmica tem sido descrito como um desequilíbrio a ação de hormônios orexígenos e anorexígenos decorrentes dos fatores acima mencionados, que levam à sinalização hipotalâmica disfuncional da homeostase energética.
Embora alguns estudos tenham demonstrado que estratégias terapêuticas não farmacológicas, como dieta e atividade física, estejam associadas com melhora na composição corporal e retardo no ganho de peso, ainda são necessários mais estudos para estabelecer a terapia nutricional mais adequada para esses indivíduos.
Bibliografia
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