O assunto microbiota intestinal está em alta e quando se refere ao paciente crítico, sabe-se que as alterações são muitas e que impactam o desfecho clínico dos pacientes.
Este foi o assunto de uma das sessões do XXVI Congresso Brasileiro de Medicina Intensiva e a nutricionista Priscilla Barreto nos apresenta os principais tópicos dessa discussão.
Uma microbiota saudável está associada a melhores desfechos clínicos. Quando há desequilíbrio da microbiota, quadro de disbiose, observamos uma alteração em quantidade e diversidade entre bactérias benéficas e patogênicas. Este quadro pode ser provocado pelo uso de antibióticos e outros medicamentos, tempo de jejum e alimentação.
Diarreia e constipação são alterações importantes do funcionamento intestinal do paciente crítico. No caso da diarreia é inadequado associar a causa sempre a alimentação, uma vez que sua origem é multifatorial.
A constipação, embora pouco falada, é mais frequente que a diarreia e gera maior intolerância a dieta.
Para regular a microbiota, é importante investigar a fonte da disbiose, conferir a prescrição de medicamentos e usar a terapia nutricional a favor da microbiota, considerando uso de fibras solúveis e insolúveis, pré e probióticos.
Nas diretrizes, falta consenso sobre o uso de pré e probióticos em UTI e faltam estudos sobre recomendações de doses, duração do tratamento e cepas que podem ser utilizadas, porém alguns pacientes podem se beneficiar dessa terapêutica.
Assista ao vídeo e veja detalhes sobre as recomendações.
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Nutricionista. Especialista em Nutrição Enteral e Parenteral pela BRASPEN. Especialização em Fitoterapia pela Ganep. Especialização em Nutrição Clínica pelo Centro Universitário São Camilo. Coordenadora de projetos e inovação do Ganep Educação e Nutritotal