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De acordo com estudo publicado no American Journal of Obstetrics and Gynecology, o exercício pode seruma forma eficiente de reduzir o risco de diabetes, pré-eclâmpsia e outrascomplicações em gestantes obesas.
Savitsky e equipe analisaram pesquisas previamentepublicadas sobre o efeito do exercício em grávidas com um índice de massacorporal (IMC) de pelo menos 30. Com base em análises dos estudos anteriores ospesquisadores estimaram o benefício do exercício para as mulheres obesas noinício da gravidez.
Eles calcularam que para cada um milhão dessas mulheres,haveria 38.176 casos de pré-eclâmpsia entre as que se exercitaram, emcomparação com 113.000 casos entre aquelas que não fizeram exercício.
Os cálculos do grupo de pesquisadores também sugerem queo exercício estaria associado a uma diminuição do diabetes gestacional, com umataxa de 195.520 por milhão entre aquelas fisicamente ativas em comparação com305.500 entre as não ativas.
Da mesma forma, eles estimaram que, para cada um milhãode gestantes obesas que se exercitassem, a taxa de natalidade pré-termo cairiade 105.059 para 90.923, a taxa de mortalidade materna cairia de 90 para 70 e ataxa de mortalidade neonatal cairia de 1.932 para 1.795.
Com base em um limiar de custo-efetividade de US$ 100.000por ano de vida ajustado pela qualidade, uma intervenção de exercícios poderiaeconomizar dinheiro, desde que as despesas fiquem abaixo de US$ 3.000.
Os pesquisadores também aplicaram o modelo para mulherescom um IMC eutrófico e encontraram melhorias semelhantes nos resultados entreas que se exercitaram, embora os limiares de custo-efetividade fossem menores.
“Com a epidemia de obesidade em nossa sociedade,talvez devêssemos voltar a atenção para a prevenção de doenças. Não parece sertarde demais, mesmo para grávidas obesas, se envolverem em mudanças de estilode vida que possam reduzir substancialmente os custos dos cuidados àsaúde”, concluem os autores.
Referência
Savitsky
LM, Valent A, Burwick R, Marshall N, Caughey AB. Cost-effectiveness of exercise
for the prevention of preeclampsia and gestational diabetes in obese women.
American Journal of Obstetrics & Gynecology. 2017; 216(1):S260–S261.