Nutrição no perioperatório: recomendações ESPEN

Postado em 6 de julho de 2020 | Autor: Roberta Ciudi

O principal objetivo é minimizar a perda ou auxiliar a recuperação funcional de maneira mais acelerada

Documento publicado pela ESPEN discorre sobre evidências científicas no manejo nutricional e metabólico de paciente submetidos a cirurgias, reunindo copilado de informações que podem auxiliar nos desfechos clínicos dos pacientes.

Cirurgias podem induzir a respostas catabólicas resultando em inflamação, catabolismo proteico e perda de nitrogênio. Essa resposta pode ser prejudicial ao paciente, especialmente se o mesmo apresentar desnutrição previamente. O principal objetivo do cuidado perioperatório atual é minimizar a perda ou auxiliar a recuperação funcional de maneira mais acelerada, promovendo o retorno da função gastrintestinal e introduzindo alimentação, sempre avaliando a aceitação e condição do paciente.

No contexto pré-cirúrgico o foco é recuperar a energia perdida, melhorar a performance funcional e evitar possível perda de peso e preservar o microbioma intestinal. Para isso é recomendada dieta normocalórica, com ingestão proteica de 1,2 g/kg. É sugerido que o paciente receba acompanhamento nutricional e suporte parenteral, se necessário. Também é indicada suplementação via oral, mesmo em dieta normocalórica e independentemente do status nutricional atual, pois frequentemente a meta calórica de ingestão do paciente não é alcançada.

Em períodos pós-cirúrgicos, no qual o indivíduo apresenta perda de massa muscular devido a imobilização e desuso do músculo, um dos principais objetivos é atenuar essa perda. Uma série de intervenções dietéticas são recomendadas para atenuar essa perda, como ingestão de mais de 1g/kg de proteína por dia; administração de aminoácidos essenciais; assim como combinação desses aminoácidos essenciais com carboidrato, ou leucina, valina e isoleucina.

O documento também aborda sobre a manutenção do equilíbrio eletrolítico, a importância do controle glicêmico (especialmente em pacientes diabéticos) e atuais evidencias do uso de prebióticos, probióticos e simbióticos em pacientes submetidos a cirurgia de câncer gastrointestinal.

Referência

ESPEN

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