PERFIL NUTRICIONAL DE CRIANÇAS DE 6 A 11 ANOS DE UMA ESCOLA PARTICULAR DO MUNICÍPIO DE SÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSO – MG

Postado em 3 de agosto de 2005 | Autor: Milena Cristina Sendão

Co-autor: Camila Garcia da Costa e Lúcia Helena Pelizer

Instituição onde foi desenvolvido o trabalho: Universidade de Franca – UNIFRAN

Na infância, os hábitos alimentares são estabelecidos e a alimentação pode ter influência importante na saúde da criança. A nutrição está relacionada com a prevenção e o aparecimento de determinadas doenças não transmissíveis como câncer, diabetes, doenças cardiovasculares e hipertensão. Este estudo objetivou avaliar o estado nutricional, assim como as preferências alimentares e a média de tempo gasto assistindo à televisão de 40 crianças sadias de ambos os sexos, com idades entre 6 a 11 anos de idade de uma escola particular do município de São Sebastião do Paraíso – MG, cuja cantina propicia uma alimentação mais saudável aos alunos, proibindo a venda de frituras e guloseimas. A avaliação nutricional foi realizada mediante antropometria, utilizando-se as variáveis idade, sexo, peso e estatura. O estado nutricional foi analisado através do IMC e classificado de acordo com os percentis, segundo Must et al., 1991. Os resultados apontaram para 7,5% de desnutrição, 65% de eutrofia, 10% de sobrepeso e 17,5% apresentaram obesidade. Apesar da maioria dos escolares pesquisados (65%) se encontrarem dentro do limite da normalidade, devemos levar em consideração os altos índices apresentados para sobrepeso e obesidade que atingiram 27,5%. Em relação ao tempo gasto assistindo televisão, a média foi de 4,8 horas por dia, sendo que esta média está de acordo com os dados obtidos em pesquisas brasileiras, em que a média é de 4,5h. A análise das preferências alimentares foi avaliada através de um questionário de freqüência alimentar. De um modo geral, os hábitos alimentares errôneos foram encontrados nas crianças analisadas, sendo que 35% consumiam refrigerante, 33,3% consumiam balas, pirulitos ou chicletes e 17,5% consumiam bolacha recheada todos os dias. Os nossos resultados mostraram que apesar da escola oferecer alimentos mais saudáveis, muitas crianças têm hábitos alimentares inadequados que estão enraizados na família. Com relação ao tempo gasto assistindo televisão, este pode estar relacionado com a incidência de sobrepeso e obesidade devido ao baixo nível de atividade física durante a assistência à TV e o aumento das chances de ingestão de alimentos nutricionalmente pobres como bolachas recheadas e salgadinhos. Estes dados sugerem que a simples proibição de alimentos não saudáveis em escolas não é o suficiente, sendo preciso orientar as crianças, assim como suas famílias a respeito de uma alimentação balanceada, enfatizando seus benefícios.

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