>


Quais são os micronutrientes que devem ser monitorados no pré-operatório de cirurgia bariátrica?

Postado em 23 de março de 2012 | Autor: Rita de Cássia Borges de Castro

Estudos demonstram que a deficiência de micronutrientes é comum em indivíduos obesos, podendo ser encontrados baixos níveis em quase todas as vitaminas e oligoelementos.

Uma pesquisa publicada por Toh e colaboradores em 2009 avaliou as deficiências de micronutrientes em 232 pacientes antes de serem submetidos à cirurgia bariátrica e foi observado que a deficiência de vitamina D, determinada pelos níveis séricos de 25-OH-vitamina D, esteve presente em 57% dos indivíduos.

Outros estudos relataram que as deficiências de ferro, ácido fólico, vitamina B12, zinco e selênio também são comuns. No entanto, existe uma grande variabilidade nas incidências relatadas: deficiência de ferro foi observada em 6 a 16% dos pacientes e deficiência de vitamina B12 encontrada em 3 a 18% nestes pacientes.

Embora sejam observadas variações entre os estudos na incidência de deficiência de micronutrientes, pesquisadores sugerem que o estado nutricional de micronutrientes deve ser determinado rotineiramente antes da cirurgia bariátrica. Essa preocupação ocorre devido a importância de alguns micronutrientes para o processo de cicatrização pós-operatória, principalmente zinco, selênio e vitamina C. No entanto, poucos estudos compararam os níveis de micronutrientes antes e depois da cirurgia, pois a maioria dos estudos têm como foco as deficiências ocorridas no pós-operatório.
As recomendações para testes de laboratório pré-operatório são demostradas na tabela abaixo:

Portanto, a suplementação nutricional muitas vezes é necessária para corrigir as deficiências de micronutrientes tanto no pré quanto no pós-operatório de cirurgia bariátrica.

 

 

Bibliografia

Toh SY, Zarshenas N, Jorgensen J. Prevalence of nutrient deficiencies in bariatric patients. Nutrition. 2009;25(11-12):1150-6.

Valentino D, Sriram K, Shankar P. Update on micronutrients in bariatric surgery. Curr Opin Clin Nutr Metab Care. 2011;14(6):635-41.

Leia também



Cadastre-se e receba nossa newsletter