Qual a recomendação de ingestão de probióticos para adultos e crianças?

Postado em 11 de maio de 2016 | Autor: Tatiana Olivato Carvalho

Os probióticos devem ser ingeridos diariamente para que seu efeito seja contínuo. Em adultos, a dose recomendada é de 5 bilhões de unidades formadoras de colônias (UFC)/dia/g ou ml de produto (ou seja, 5×109 UFC/dia/g ou ml), durante pelo menos cinco dias, para que o probiótico exerça algum benefício. Embora a dose preconizada seja esta, os efeitos terapêuticos apresentam doses variáveis de 106 a 109 UFC.

 

Em termos práticos a quantidade recomendada corresponde a ingestão diária de dois a três iogurtes com culturas probióticas. Porém, a concentração de probióticos nos produtos apresenta muita variação e não há padrões de identidade dos níveis das bactérias no iogurte e outros produtos lácteos.

 

 

A indicação de consumo de probióticos para crianças é exatamente no momento da instalação da microbiota intestinal do lactente, ou seja, no período entre 18 e 24 meses, pois nesta fase a microbiota é mais simples, estável e mais fortemente influenciada pela nutrição. Se introduzidos nesta fase, os probióticos passam a fazer parte da microbiota e podem prevenir doenças. Os estudiosos ainda não estabeleceram uma recomendação de ingestão na população pediátrica, mas tem sido promissores os estudos nos casos de gastroenterite aguda, doença inflamatória intestinal e doenças alérgicas.

 

 

 

 

 

Bibliografia

Colli C, Sardinha F, Filisette TMCC. Alimentos funcionais. In: Cuppari L. Nutrição clínica no adulto. 1ª ed. Manole 2003.p.55-70.

Chen CC, Walker WA. Probiotics and prebiotics: role in clinical disease states. Adv Pediatr. 2005;52:77-113.

Saad SMI. Probióticos e prebióticos: o estado da arte. Rev. Bras. Cienc. Farm. 2006;42(1):1-16. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-93322006000100002&lng=pt&nrm=iso. Acessado em 23/01/08.

Kalliomaki M, Salminen S, Arvilommi H, Kero P, Koskinen P, Isolauri E. Probiotics in primary prevention of atopic disease: a randomised placebo-controlled trial. Lancet. 2001;357:1076-9.

Morais MB, Jacob CMA. O papel dos probióticos e prebióticos na prática pediátrica. J. Pediatr. (Rio J.).2006; 82(5):189-197. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572006000700009&lng=pt&nrm=iso. Acessado em 23/01/08.

Puupponen-Pimia R, Aura AM, Oksman-Caldentey KM, Myllarinen P, Saarela M, Mattila T,Poutanen K. Development of functional ingredients for gut health. Trends Food Sci. Technol.2002;13:3-11.

Mastretta e, Longo P,Laccisaglia A. Lactobacillus GG and breast feeding in the prevention of rotavirus nosocomial infection. J Pediatr Gastroenterol Nutr. 2002; 35:527-38.

Vrese M, Stegelman A, Ritcher B. Probiotics compensation for lactase insufficiency. Am J Clin Nutr. 2001;73:386:92S.

Schultz M, Veltkamp C, Duelenam A. Lactobacillus plantarum 299v in the treatment and prevention of spontaneous colitis in interleukin 10 deficient mice. Inflamm Bowel Dis. 2002;8:71-80.

Guyonnet D,Chanassy O, Ducrotte P, Picard R, Mourets M, Mercier CH, Matuchansky C. Effect of a fermented milk cointaining Bifidobacterium animalis DN 173 010 on the health-related quality of life and symptoms in irritable bowel syndrome in adults in a primary care: a multicentre, randomized, double-lind, controleed trial. Aliment Pharmacol Ther. 2007; 26475-486.

Leia também



Cadastre-se e receba nossa newsletter