Explicamos as diferenças entre faringostomia, esofagostomia, gastrostomia e jejunostomia, e apontamos quando indicar a nutrição enteral por ostomias em adultos
As ostomias são abordagens que permitem o acesso de sondas de nutrição enteral diretamente para o lúmen gástrico, estando localizada na faringe (faringostomia), esôfago (esofagostomia), estômago (gastrostomia) ou intestino (jejunostomia). São indicadas principalmente em situações em que o paciente está impedido temporária ou definitivamente de se alimentar por via oral e possui a previsão de receber a nutrição enteral por período prolongado, normalmente superior a quatro semanas.
Gastrostomia e Jejunostomia são as abordagens mais frequentes no ambiente hospitalar. A gastrostomia é indicada, assim as sondas nasoenterais, quando o paciente apresenta riscos de aspiração durante a deglutição. Já a jejunostomia é indicada, assim como as sondasnasoenterais pós-pilóricas, quando o paciente está impossibilitado de utilizar o estômago para receber a nutrição.
Atualmente, gastrostomia e jejunostomia são realizadas, principalmente, através de técnica de endoscopia percutânea, podendo ser realizadas a beira leito. É importante ressaltar que a posição da ostomia influenciará o tipo de dieta a ser ofertado.. O quadro abaixo sumariza as possíveis complicações associadas a esses tipos de ostomias.
Quadro 1: Complicações associadas a gastrostomias e jejunostomias
Gastrostomia | Jejunostomia |
Remoção acidental da sonda | Remoção acidental da sonda |
Obstrução da sonda | Obstrução da sonda |
Infecção de parede | Vazamento e fístula entérica |
Fístula gástrica | Volvo e obstrução intestinal |
Peritonite química | Peritonite |
Sangramento | |
Perfusão gástrica pela sonda |
A Redação Nutritotal é formada por nutricionistas, médicos e estudantes de nutrição que têm a preocupação de produzir conteúdos atuais, baseados em evidência científicas, sempre com o objetivo de facilitar a prática clínica de profissionais da área da saúde.
Referências:
Waitzberg, Dan L. Nutrição oral, enteral e parenteral na prática clínica. 5ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2017.
Waitzberg, Dan L; Dias, Maria Carolina G; Isosaki, Mitsue. Manual de Boas Práticas em Terapia Nutricional Enteral e Parenteral do HCFMUSP. São Paulo: Atheneu, 2014
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