A Hera, ou hedera helix, é uma planta de caule longo cujas folhas são muito utilizadas no tratamento de inflamações respiratórias agudas ou crônicas, incluindo bronquite de origem viral e bronquite recidivante crônica, e de sintomas frequentes de infecções do trato respiratório superior, como a tosse.
Qual é a composição química da hedera helix?
A planta é utilizada principalmente na forma de extrato seco e na sua composição observa-se a presença de compostos fenólicos, flavonoides (incluindo quercetina), saponinas, carboidratos, óleos essenciais e vitaminas E, C e A.
Quais são as indicações para uso da hera?
Popularmente, utiliza-se a planta no tratamento de sintomas respiratórios, sobretudo nos casos de tosses produtivas (com secreção), devido sua ação expectorante, no entanto, estudos in vitro também demonstraram atividade antiespasmódica e broncodilatadora, efeitos anti-inflamatórios e propriedades antitússicas relacionadas a hera.
Especificamente com relação aos efeitos sobre a tosse, o mais estudado, a utilização de hera promoveu a redução mais rápida na gravidade e/ou frequência do sintoma em comparação com placebo ou tratamento padrão. No entanto, os resultados ainda são incertos nos estudos clínicos, sobretudo pela escassez de estudos clínicos controlados.
Seu mecanismo de ação também não foi completamente elucidado, mas estudos experimentais demonstraram ação de alguns compostos químicos da hera na redução de interleucinas inflamatórias e influência na histologia do tecido pulmonar ao reduzir a contagem de células caliciformes e as espessuras de membrana basal nas vias aéreas de pessoas com asma.
Acredita-se, também, que a hera poderia funcionar ao dilatar os brônquios (vias respiratórias) nos pulmões e estimular as glândulas brônquicas nos pulmões para secretarem um fluido aquoso.
Existe algum risco associado ao uso de hera?
A utilização do extrato de folhas de hera foi testada em diversos públicos, sendo considerado seguro, inclusive para crianças. Para gestantes e lactantes, no entanto, o uso não é recomendado por falta de estudos que comprovem a sua segurança.
Nos estudos clínicos, a maioria dos eventos adversos observados foram de gravidade leve a moderada e principalmente de origem gastrointestinal, portanto deve-se usar com cuidado em pacientes que sofrem de gastrite ou úlcera gástrica. Náuseas, vômitos e diarreia já foram citados entre os sintomas de overdose.
Algumas pessoas, alérgicas a saponinas, podem manifestar alguma reação e o uso de preparações contendo Hedera helix são contraindicadas caso o paciente apresente dispneia, febre ou expectoração purulenta.
Qual a dose recomendada?
As doses testadas nos estudos clínicos variam de acordo com o público estudado e forma de apresentação produto, com uma ampla faixa de dosagem de 20 a 945mg/dia, administrados de 1 a 3 vezes ao dia. Portanto, a prescrição deve ser avaliada de forma cautelosa de acordo com as características do paciente.
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Referências
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