Como realizar orientação nutricional para pacientes em diálise renal peritoneal?

Postado em 18 de dezembro de 2018 | Autor: Natália Lopes

A diálise peritoneal é uma opção de tratamento para pacientes com doença real crônica e cuidados nutricionais devem ser tomados durante o procedimento

Diálise Peritonial

A diálise peritoneal é uma opção de tratamento para pacientes com doença real crônica, em que se utiliza um filtro natural como substituto da função renal. Esse filtro, denominado peritônio, é uma membrana porosa e semipermeável, que reveste os principais órgãos abdominais, formando uma cavidade peritoneal. Nesse processo, um líquido de diálise é colocado na cavidade e drenado, através de um cateter, entrando em contato com o sangue e permitindo que as substâncias acumuladas, como ureia, creatinina e potássio, sejam removidas, bem como o excesso de líquido que não está sendo eliminado pelo rim.

Esse líquido dialítico contém glicose, que é parcialmente absorvida. Portanto, a recomendação de ingestão de carboidrato via oral é de 35 a 40% do VET, devendo ser oferecido, principalmente, carboidratos complexos. Os pacientes em diálise peritoneal apresentam perda de proteína, sobretudo de albumina. Em razão disso, a dieta deve ser hiperproteica, com 1,2 a 1,3g de proteína/kg/dia, a fim de promover o balanço nitrogenado positivo. A oferta de lipídeos deve ser de 30 a 35% do VET, priorizando as gorduras mono e poli-insaturados.

Certa atenção deve ser dada ao consumo de sódio, potássio e líquidos, uma vez que hipertensão arterial e edema são frequentes nessa população. O consumo de sódio deve ficar entre 1000 a 4000mg por dia. Câimbras e arritmias cardíacas são sintomas comuns de hipocalemia nessa população.

Referências:

Sociedade Brasileira de Nefrologia, 2018.

Waitzberg, D.L. Nutrição Oral, Enteral e Parenteral na Prática clínica. 5ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2017.

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