Dieta vegetariana está relacionada à melhor massa óssea em adolescentes e adultos

Postado em 2 de abril de 2018 | Autor: Marcella Gava Brandolis

A quantidade de massa óssea alcançada até o final da adolescência é umdos primeiros determinantes do risco de osteoporose em populações mais velhas,entretanto, pouco se sabe sobre a influencia dos padrõesalimentares (PA) durante a adolescencia e suas consequencias na vida adulta.

Estudo longitudinal avaliou o impacto dePA sobre a massa óssea de 125 participantes adolescentes (12.7 ±2 anos) e 115 adultos (28.2 ± 3), todos do sexo feminino. Foram mensurados teor mineral ósseo (TMO) e densidademineral óssea (DMO) do corpo todo (CT), colo femoral (CF) e coluna lombar (CL)a partir do exame de DEXA. Os PA foram divididos em “estilo vegetariano”, “tipoocidental”, “alto teor de gordura e proteína”, “misto” e “lanche” de acordo comrecordatório alimentar de 24 horas realizado de 2 à 4 vezes durante o estudo.

O PA “estilo vegetariano” foi um preditor independente positivo de TMO-CTem adolescentes e adultos, e DMO-CT em adultos (P <0,05). As médias de DMO-CTem adolescentes e TMO-CT, DMO-CT, TMO-CF e DMO-CF em adultos foram de 5 %, 8,5 %,6 %, 10,6 % e 9 % maiores, respectivamente, no terceiro quartil do grupo “estilovegetariano” comparado ao primeiro quartil (P <0,05). Houve uma tendênciaascendente no grupo “estilo vegetariano” e uma tendência decrescente no grupo “altoteor de gordura e proteína” da adolescência para a idade adulta (P <0,01).

Os pesquisadores concluíram que um “estilo vegetariano” rico em vegetaisverde-escuros, ovos, grãos não-refinados, suco de frutas integral, legumes/nozes /sementes, frutas e leite com baixo teor de gordura durante aadolescência estão positivamente associados à saúde óssea inclusive na vidaadulta.

 

Referência:

Movassagh EZ, Baxter-Jones ADG, Kontulainen S, Whiting S, Szafron M, Vatanparast H. Vegetarian-style dietary pattern during
adolescence has long-term positive impact on bone from adolescence to young
adulthood: a longitudinal study. Nutr J. 2018 Feb 28;17(1):36.

 

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