AVALIAR O CONSUMO ALIMENTAR DE PACIENTES EM LISTA DE ESPERA PARA TRANSPLANTE HEPÁTICO

Postado em 3 de agosto de 2005

Autores: SANTOS, S.M.M.; LEIRO, A.L.O.; FERNANDES, G. B.

Instituição: Real Sociedade Portuguesa de Beneficência 16 de Setembro – Hospital Português- Salvador – Bahia

Introdução: As alterações metabólicas que acompanham a cirrose avançada freqüentemente levam a desnutrição. Por essa razão a terapêutica nutricional aplicada em doenças hepáticas tem como finalidade proporcionar um suficiente aporte energético e protéico para melhorar ou manter o estado nutricional.

Objetivo: Avaliar o hábito alimentar e o consumo calórico de paciente portadores de doenças hepática na lista de transplante hepático .

Metodologia : trata de um estudo prospectivo realizado no período de setembro de 2001 a março de 2005 onde foi avaliado a ingestão alimentar de 97 pacientes no ambulatório de transplante hepático. Desses pacientes 75 ( 77% ) foram gênero masculino e 22 ( 23% ) gênero feminino. Também destes total, 30 pacientes foram a óbito ainda na lista de transplante e 24 pacientes se submeteram ao transplante hepático. Dos pacientes que fizeram transplante 09 foram a óbito. A idade desses pacientes variou na amplitude de 15 anos a 68 anos. Utilizou-se como instrumento de pesquisa um formulário para registro da freqüência da ingestão alimentar por grupo de alimentos ( proteína animal, laticínios, frutas, hortaliças, leguminosas e cereais ). Registrou-se ainda a situação sócio econômica da família e a capacidade funcional do candidato a transplante.

Resultados : Esta pesquisa apontou os seguintes resultados: 42% dos pacientes apresentou ingestão menor do que 25Kcal/kg do peso corpóreo atual e 58% acima de 25Kcal/kg. Apenas 13% do total de pacientes ingeriu abaixo de 0,8gr/kg, 28% entre 0,8 a 1,0 gr/Kg e 59% acima de 1,0gr/Kg. Em relação as vitaminas prevaleceu uma deficiência principalmente das vitaminas do complexo B; dos minerais uma deficiência de zinco e ferro.

Conclusão : Os pacientes avaliados nestes estudo apresentaram uma monotonia alimentar no cardápio com pequenas variações, devido a quantidade consumida ser inferior às necessidades recomendadas, principalmente, com o agravamento da doença. Como motivo da baixa ingestão alimentar identificou-se: dietas pouco palataveis ( hipossódica ), plenitude gástrica e tabus alimentares. É necessário aprimoramento da técnica dietética, no preparo, para melhor aproveitamento dos nutrientes e manutenção das características organolépticas dos mesmos como estimulo para incremento da ingestão de alimentos.

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