Co-autores: Nelson Adami Andreollo; Marcus Vinicius Henriques Brito; Marcus Lopes Freire Filho; Luís Otávio Amaral Duarte.
Instituição/Cidade/Estado: Laboratório de Cirurgia Experimental da Universidade do Estado do Pará (UEPA) e instituto Evandro Chagas. Pará-PA
RESUMO
O estudo foi realizado de forma a estabelecer a intensidade do estresse oxidativo pela dosagem do malondialdeído (MDA) no sangue e na anastomose ileal de animais submetidos à dieta aproteica, avaliando o comprometimento local e sistêmico no decorrer do processo de cicatrização. O método de dosagem escolhido foi o da cromatografia líquida de alta precisão (HPLC) e o animal experimental utilizado foi o rato Wistar (Rattus Norvegicus albinus). Foram selecionados 60 animais sadios, machos, jovens, com peso individual variando entre 100g e 150g, distribuídos em três grupos, a saber: normonutridos, desnutridos e desnutridos com correção da dieta. Estes foram divididos em subgrupos: Padrão (P), Anastomose (A), Desnutrido (D), Desnutrido com Anastomose (DA), Desnutrido com correção da dieta (DC) e Desnutrido com anastomose e correção da dieta (DAC). A dieta aproteica utilizada foi o biscoito de polvilho. A técnica cirúrgica foi realizada sob magnificação no 21º dia após o início da alimentação, tendo sido empregado a secção transversal total do íleo e anastomose término-terminal extramucosa com pontos separados. As amostras de tecido e sangue foram coletadas no 25º dia após alimentação o que correspondeu ao quarto dia de pós-operatório nos animais anastomosados. A amostra tecidual foi coletada por meio da ressecção segmentar do íleo seguida da coleta de sangue por punção cardíaca. A estatística descritiva das médias nos subgrupos foi: MDA no sangue (µM) – P = 3,43; A = 5,72; D = 2,48; DA = 3,24; DC = 4,37; DAC = 3,56 e MDA no tecido (µM) – P = 981,25; A = 760,18; D = 708,63; DA = 534,29; DC = 906,53; DAC = 798,67. Foi aplicada análise estatística comparativa entre os subgrupos e utilizado o teste não paramétrico por postos de Kruskal Wallis. Como resultados pode ser observado que as dosagens do MDA no sangue não mostraram diferença significativa entre si (p > 0,05), enquanto no tecido o subgrupo P > D; DA e os subgrupos DC; DAC > DA onde p < 0,05. Conclui-se, portanto, que a dosagem do MDA por HPLC como medidor do estresse oxidativo dosado na região da anastomose ileal no pós-operatório mediato ( 4º dia), apresentou-se diminuído em ratos desnutridos, enquanto o estresse oxidativo sistêmico foi similar entre os grupos.