INCIDÊNCIA DE DIARRÉIA EM PACIENTES COM USO DE DIETA ENTERAL NA UTI DO HUSFP

Postado em 3 de agosto de 2005

Autores: Luciana Soares, Denise Rodrigues, Leslie Cavada, Maria Cristina Silva, Fabiana Pantoja

Ao discutir as condições individuais que podem levar a diarréia, não pode ser esquecido que freqüentemente esta doença é o resultado final de uma séria de fatores, cada um dos quais contribuem de forma variável para produzir o quadro clínico. Portanto na vigência da diarréia todos os fatores devem ser pesquisados, assim como confirmado a real presença da diarréia, levando em consideração que esta deve ser mais de 3 evacuações líquidas em 24 horas. Na prática hospitalar, culturalmente, as equipes atribuem a causa de diarréia a alimentação, a qual acaba sendo suspensa, prejudicando a recuperação dos pacientes em Terapia nutricional.

Na vigência da constante comparação ao aparecimento de diarréia, relacionada com a alimentação enteral, resolveu-se investigar a incidência de diarréia nos pacientes em uso de dietas enterais

A pesquisa foi realizada na UTI Geral, no mês de dezembro de 2004. Todos os pacientes internados com Dieta Enteral foram acompanhados, durante todo tempo de internação na UTI. A amostra estudada foi de 14 pacientes. A Média de permanência do paciente em uso de nutrição enteral foi de 12,5 dias. (Mínimo 1 dia, máximo 24 dias). O tempo médio de permanência da dieta no balcão foi de 29 minutos. (mínimo 1 minuto, máximo 100 minutos). Quanto ao funcionamento intestinal dos pacientes, 52% apresentaram funcionamento intestinal normal, 41% apresentaram constipação intestinal e apenas 7% apresentaram diarréia. Através do controle do funcionamento intestinal e do tempo de permanência da dieta enteral no balcão, constatou-se que a incidência de diarréia não foi um índice elevado, porém rasteando os casos verificou-se que o tempo de permanência da dieta no balcão foi maior que 30 minutos e que estes pacientes estavam usando antibiótico de longo espectro.

Em virtude do resultado da pesquisa cabe ressaltar a importância de medidas que evitem o elevado tempo de permanência das dietas no balcão, bem como usar medidas preventivas, como o uso de probióticos, para manutenção da bióta intestinal.

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