Sim. Alguns estudos apontam que há uma conexão entre os desejos alimentares e a composição…
Os comportamentos alimentares são conduzidos por fatores que ultrapassam a ingestão de nutrientes
Antes de tudo é preciso entender que o comer vai muito além de saciar a fome, suprir necessidades nutricionais e obter energia. As pessoas comem para isso, às vezes sem saber, mas também comem por prazer, por afeto, por empatia, por tradição, por necessidade emocional, por status social, entre outras motivações.
O comportamento alimentar está pautado nas ações em relação ao comer, como, quando, com quem e onde alimentar-se. Crenças, pensamentos e sentimentos em relação aos alimentos não são comportamentos, são atitudes que permitem compreendermos os comportamentos. Logo, os comportamentos estão relacionados aos sentimentos, crenças e experiências das pessoas em relação aos alimentos.
Entre os fatores que condicionam o comportamento alimentar está o hábito: comportamento executado rotineiramente e por vezes inconscientemente após um aprendizado. No âmbito da alimentação, o hábito seria um dos propulsores que definem a seleção, o consumo e o uso dos alimentos disponíveis.
A fome, o apetite e a saciedade são sensações que controlam a ingestão, outro fator do comportamento alimentar. Essas sensações são reguladas pelo cérebro e por feedbacks positivos e negativos do trato gastrointestinal antes, durante e após a alimentação. O apetite é sensível ao estresse, ao ambiente e à palatabilidade, interferindo no volume e modo como os alimentos são consumidos.
As escolhas alimentares também são fatores que implicam no comportamento alimentar. Elas são baseadas no quê, no como, com quem, onde, quando e outras condições que determinam a seleção e o consumo de bebidas e alimentos, como aparência, cheiro, valor nutricional, fatores psicológicos, socioculturais e socioeconômicos.
Dessa forma, é possível compreender a abrangência de informações que devem ser analisadas e respeitadas em um indivíduo quando se pretende mudar seus comportamentos alimentares para uma alimentação mais saudável.
Tags: nutrição comportamental, comportamento alimentar
Referências
ALVARENGA, Marle (et. al). Nutrição comportamental. 2. ed. Barueri, SP: Manole, 2019. p. 25-50.
Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Guia alimentar para a população brasileira. 2. ed. Brasília, 2014.
A Redação Nutritotal é formada por nutricionistas, médicos e estudantes de nutrição que têm a preocupação de produzir conteúdos atuais, baseados em evidência científicas, sempre com o objetivo de facilitar a prática clínica de profissionais da área da saúde.
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