Edulcorantes podem ser naturais ou artificiais
Edulcorantes, também conhecidos como adoçantes, são substâncias naturais ou artificiais, diferentes dos açúcares, que conferem sabor doce aos alimentos, possuem pouco ou nenhum valor calórico e, em sua maioria, não são absorvidos pelo organismo.
Entre os edulcorantes naturais, extraídos de frutas, vegetais ou cereais, como o milho, estão: glicose, frutose, sacarose, sorbitol, taumatina, xilitol, manitol e glicosídeos, como o esteviosídeo (Stévia). Estes são extraídos das plantas e modificados quimicamente para obter ou intensificar o seu dulçor.
Já os edulcorantes artificiais são produzidos em laboratório, a partir de elementos sintéticos. Incluem: acessulfame K, aspartame, ciclamato, sacarina e sucralose.
Independente de ser natural ou artificial, todos os edulcorantes utilizados no Brasil devem ser aprovados pela ANVISA. Além disso, também são submetidos a avaliação de órgãos internacionais, como European Food Safety Authority, Joint FAO/WHO Expert Committee on Food Additives (JECFA) e Codex Alimentarius do FDA, que orientam quanto a ingestão diária máxima recomendada dos edulcorantes.
A ANVISA destaca que “os edulcorantes somente devem ser utilizados nos alimentos em que se faz necessária a substituição parcial ou total do açúcar”, e que o rótulo dos produtos deve conter dizeres como “não contém açúcares”, “sem adição de açúcares”, “baixo em açúcares” ou “reduzido em açúcares” ou, ainda, referente aos atributos “baixo em valor energético” ou “reduzido em valor energético”, quando é feita a substituição parcial ou total do açúcar.
Vale destacar que, no contexto da alimentação saudável, nem sempre o açúcar deve ser substituído pelo adoçante, sobretudo quando este é de origem artificial. Porém, estes aditivos alimentares são considerados seguros para a saúde humana, principalmente considerando adultos e idosos. A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que adoçantes não sejam oferecidos a crianças menores de 2 anos, após essa idade, os adoçantes devem ser usados apenas em casos de diabetes. Embora existam poucos estudos, a Academy of Nutrition and Dietetics afirma que o uso de adoçantes (dentro das quantidades recomendadas) é seguro para crianças e gestantes, mas que deve ser evitado.
Veja, abaixo a resolução da Anvisa que autoriza o uso de aditivos edulcorantes em alimentos, a indicação de limites máximos para uso e as principais características desses produtos listadas pelo Inmetro.
Referências
Academy of Nutrition and Dietetics
Sociedade Brasileira de Pediatria
Resolução Anvisa:
Características dos edulcorantes – Inmetro
Nutricionista pelo Centro Universitário São Camilo. Mestranda pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – FMUSP. Especialização em Obesidade, Emagrecimento e Saúde pela Unifesp. Tutora de cursos EAD do Ganep Educação. Coordenadora do Nutritotal.
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Nutricionista pelo Centro Universitário São Camilo. Mestre pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – FMUSP. Especialização em Obesidade, Emagrecimento e Saúde pela Unifesp. Experiência profissional em Nutrição Clínica, Nutrição Esportiva, Marketing Nutricional e Docência no Ensino Superior. Coordenadora do Nutritotal.