A tireoide é uma glândula do corpo responsável pela produção de dois hormônios importantes para a função endócrina: o T3 e o T4. A falta ou o excesso deles podem desencadear em alterações que afetam a saúde do organismo como um todo. Porém, alguns alimentos ajudam a regular a tireoide, prevenindo condições como hipo ou hipertireoidismo.
Em uma pesquisa sobre o papel dos micronutrientes nas disfunções tireoidianas, demonstrou-se que os fatores nutricionais desempenham um papel importante em afetar a função da glândula. Dentre estes fatores está o iodo, um dos principais constituintes dos hormônios T3 e T4. Contudo, outros nutrientes como selênio, ferro e zinco são também responsáveis pela manutenção adequada da tireoide.
A seguir, confira a lista dos cinco principais alimentos que ajudam a regular esta glândula tão importante para a nossa saúde.
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Conheça alimentos que ajudam a regular a tireoide
Veja exemplos ricos em nutrientes que colaboram para o funcionamento da glândula.
Sal iodado
O iodo é o principal elemento que atua na produção de hormônios da tireoide. A falta de iodo gera problemas graves, como o hipotireoidismo e o desenvolvimento de bócio. O consumo de sal iodado (o famoso “sal de cozinha”) garante um aporte adequado de iodo, uma vez que a Anvisa obriga a fortificação do micronutriente neste ingrediente culinário.
No entanto, tome cuidado: a recomendação da OMS para o consumo de sal é de, no máximo, 5 g (cerca de uma colher de chá). A alta ingestão de iodo e sódio presentes no sal também traz consequências graves para a saúde.
Uma dica importante: ao comprar qualquer tipo de sal (sal comum, marinho ou rosa), certifique-se de que ele recebeu a fortificação de iodo, essa informação estará presente na embalagem do produto.
Peixes, algas e frutos do mar
Os alimentos de origem marinha também são excelentes fontes de iodo. Particularmente, o ômega-3 presentes nos peixes oleosos pode também contribuir para a redução da inflamação e regular a produção dos hormônios tireoidianos. Além disso, tais alimentos são ricos em vitamina D, selênio, ferro e zinco, que têm um papel benéfico na doença autoimune da tireoide.
Sendo assim, boas opções para adicionar na alimentação incluem: atum, sardinha, salmão, ostras, e algas como wakame e spirulina.
Castanhas e sementes
As castanhas e as sementes são fontes ricas em bons nutrientes. Em especial, a Castanha do Pará é a oleaginosa mais rica em selênio, sendo que 1 a 2 castanhas por dia já atendem a recomendação para adultos (55 ug/dia). O selênio ajuda a “ativar” os hormônios da tireoide, além de proporcionar benefícios antioxidantes que atuam protegendo as glândulas contra os radicais livres.
Neste grupo alimentar, a inclusão de sementes de linhaça e abóbora também é benéfica: tais alimentos contém tirosina, aminoácido importante na síntese dos hormônios da tireoide.
Cereais e grão integrais
Grão de bico, trigo sarraceno, soja, feijão e aveia: esses são alguns exemplos de alimentos riquíssimos em nutrientes benéficos para a tireóide, tais como o zinco. Este micronutriente é muito útil para a conversão de T4 em T3, forma ativa do hormônio tireoidiano nas células alvo. Clinicamente, a deficiência de zinco no hipotireoidismo pode levar à perda de cabelo.
Por isso, não hesite em incluir estes alimentos na sua rotina, e prefira sempre as opções integrais. Preparações como o pão de cereais podem te ajudar a proteger a tireóide.
Carnes
As carnes são também boas fontes de selênio, zinco, ferro, micronutrientes essenciais para a tireoide. O ferro, por exemplo, faz parte da enzima tireóide peroxidase (TPO), necessária para a síntese hormonal de T3 e T4. Além disso, são excelentes fontes de vitamina B12, cuja deficiência está associada à doença autoimune da tireoide.
A alimentação balanceada é a chave
Uma dieta equilibrada é um componente mais importante para manter uma função saudável da tireóide. Embora o iodo esteja no topo da lista, não é o único micronutriente que afeta a glândula. Por isso, busque sempre a diversificação na sua alimentação diária.
Este conteúdo não substitui a orientação de um especialista. Agende uma consulta com o nutricionista de sua confiança.
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Referências:
BABIKER, Amir et al. The role of micronutrients in thyroid dysfunction. Sudanese journal of paediatrics, v. 20, n. 1, p. 13, 2020.
BELLASTELLA, Giuseppe et al. Mediterranean Diet and Thyroid: An Interesting Alliance. Nutrients, v. 14, n. 19, p. 4130, 2022.
CARVALHO, Gisah Amaral de. Folheto “Dia Internacional da Tireoide”. Departamento de Tireoide da SBEM Nacional.
CODARIN, Maria Alice Franzini; PRADA, Maria Camila Abramides. Orientações Nutricionais: Hipotireoidismo. Sistema Único de Saúde. Prefeitura Municipal de Campinas. 2020.