Confira os principais mitos e verdades sobre os fungos comestíveis
Se você é vegetariano ou vegano, já deve ter se deparado com a seguinte afirmação: “ao invés da carne, substitua o recheio por champignon”. Por mais que sejam fontes de diversos nutrientes e agreguem sabor, será mesmo que os cogumelos são ricos em proteínas?
Estudos comprovam que a adição de uma porção de cogumelos na dieta diária pode ser importante para aumentar os níveis de potássio, cobre, selênio e vitamina B3 (niacina), importantes para a proteção do sistema imunológico e para converter a glicose em energia para o organismo.
Porém, para saber se os cogumelos são ricos em proteínas, vitamina B12 e outros nutrientes ligados a alimentos de origem animal, listamos os principais mitos e verdades sobre os fungos, baseados em estudos científicos:
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4 mitos e verdades sobre o consumo de fungos
Cogumelos são ricos em proteínas
Mito. De acordo com a Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TBCA), o cogumelo Paris, que conhecemos como o famoso champignon, possui apenas 2,28 g de proteínas em uma porção de 100 g. O shimeji conta com 2,10 g e o shitake com 1,56 g na mesma quantidade.
Os valores são baixos comparados a outros alimentos que podem fazer parte da dieta vegetariana e vegana. Leguminosas como a ervilha, por exemplo, possuem 7,69 g de proteína em uma porção de 100g e são mais indicadas para esse propósito na alimentação diária.
É preciso lavar os cogumelos antes de comê-los
Verdade, mas não da forma que você imagina. Por terem um aspecto esponjoso, os cogumelos acabam absorvendo a umidade num piscar de olhos. Portanto, a melhor forma de higienizá-los antes do consumo é passar um pano úmido ou uma escovinha para tirar as impurezas superficiais dos fungos.
Em caso de comprar o funghi seco ou outro cogumelo desidratado, a indicação é deixá-lo hidratando em água morna por, aproximadamente, 30 a 40 minutos antes de consumi-los. Por fim, em latas e vidros de champignon, não esqueça de higienizar a superfície antes de abri-la.
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Cogumelos são fontes de vitamina B12
Mito. Outro nutriente que é popularmente encontrado em carnes, peixes e demais alimentos de origem animal é a vitamina B12, essencial para a produção dos glóbulos vermelhos no sangue. Segundo a TBCA, shitake, cogumelo Paris e shimeji sequer possuem qualquer resquício da B12 em suas composições.
Uma das melhores fontes de vitamina B12 para ovolactovegetarianos é o ovo, com 0,93 mg em uma porção de 100 g. Para os veganos, a recomendação é o consumo de cereais fortificados que contenham a vitamina, ou ainda, o uso de suplementos com supervisão nutricional.
As versões encontradas no mercado não são venenosas
Verdade. Muita gente ainda associa o consumo de cogumelos tradicionalmente encontrados em supermercados e feiras com o risco de intoxicação. É claro que existem casos de alergia alimentar, porém, sabe-se que os cogumelos como o Paris, o portobello, o shitake e o shimeji podem ser consumidos sem riscos para a maioria da população.
Em estudos publicados no exterior, o risco maior de intoxicação por fungos ocorre ao consumir cogumelos silvestres e sem identificação.
Como utilizar os cogumelos no dia a dia?
A variedade de fungos comestíveis permite que criemos receitas deliciosas e diversificadas no dia a dia. Desde o recheio de pizzas até acompanhamento para uma tigela de Buda podem ser opções fáceis para incluir os cogumelos na dieta.
Porém, temos duas receitas que são perfeitas para quem quer destacar o alimento na refeição. A primeira é usá-lo como o protagonista do estrogonofe, fica perfeito! Ou, se preferir, nossa segunda sugestão é fazer uma sopa creme à base de cogumelos.
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*Este conteúdo não substitui a orientação de um especialista. Agende uma consulta com o nutricionista de sua confiança.
Sanjiv A. et al. Nutritional impact of adding a serving of mushrooms to USDA Food Patterns – a dietary modeling analysis. Food and Nutrition, 2021.
Djibril M. et al. Association of mushroom consumption with all-cause and cause-specific mortality among American adults: prospective cohort study findings from NHANES III. Nutrition Journal, 2021.
Tsungai R. et al. Effect of cooking and preservation on nutritional and phytochemical composition of the mushroom Amanita zambiana. Food Sci Nutr. 2017.
TBCA, 2020.
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