Como tratar a disbiose intestinal?

Postado em 21 de agosto de 2018 | Autor: Natália Lopes

Disbiose intestinal humana, isto é, a modificação do equilíbrio bacteriano em termos de riqueza, diversidade e maior presença de bactéria patogênicas, está comprovadamente associada a várias alterações metabólicas e clínicas. Modulação intestinal com simbióticos e probióticos pode ser uma eficiente estratégia de tratamento.

Probióticos são definidos como microrganismos vivos que, administrado sem quantidades adequadas, conferem benefício à saúde do hospedeiro. Lactobacillus, Bifidobacterium, Streptococcus e Saccharomyces, por exemplo, podem ser pensados para casos de diarreia, gastrite por H. pylori, doenças inflamatórias intestinais e doenças hepáticas.

Basturk e colaboradores investigaram os efeitos do simbiótico (Bifidobacterium lactis B94 com inulina), probiótico (B. lactis B94) e somente prebiótico(inulina) sobre os sintomas gastrointestinais de crianças com síndrome do intestino irritável. Observaram redução de plenitude abdominal (p<0,001), melhorado inchaço após as refeições (p=0,016) e constipação (p=0,031) nos grupos de crianças que usaram probiótico e simbiótico.

Uma metanálise avaliou a capacidade de probióticos em modificar os fatores de risco cardiometabólicos em pessoas com diabetes tipo 2, e encontrou  efeito significativo dos probióticos em redução da hemoglobina glicada e HOMA-IR, mas concluem a necessidade de estudos mais específicos.

A realização do sequenciamento genético do microbioma intestinal pela técnica 16S rRNA permite diagnosticar de maneira objetiva quadros de disbiose, causae efeito de doenças relacionadas, e também para traçar estratégias terapêuticas mais eficazes.

Leia mais sobre o assunto na Série Microbioma:

Referências:

BASTURK, Ahmet; ARTAN, Reha; YILMAZ, Aygen. Efficacy of synbiotic, probiotic, and prebiotic treatments for irritable bowel syndrome in children: A randomized controlled trial. The Turkish Journal Of Gastroenterology, [s.l.], v. 27, n. 5, p.439-443, 25 out. 2016. AVES Publishing Co..
http://dx.doi.org/10.5152/tjg.2016.16301

GERRITSEN, Jacoline et al. Intestinal microbiota in human health and disease: the impact of probiotics. Genes & Nutrition, [s.l.], v. 6, n. 3, p.209-240, 27 maio 2011. Springer Nature.
http://dx.doi.org/10.1007/s12263-011-0229-7

HUANG, Linsheng et al. Microbial treatment in chronic constipation. Science China Life Sciences, [s.l.], v. 61, n. 7, p.744-752, 23 jan. 2018. Springer Nature.
http://dx.doi.org/10.1007/s11427-017-9220-7

KASIńSKA, Marta A.; DRZEWOSKI, Józef. Effectiveness of probiotics in type 2 diabetes: a meta analysis. Polish Archives Of Internal Medicine, [s.l.], v. 125, n. 11, p.803-813, 2 out. 2015. Towarzystwo Internistow Polskich/Polish Society of Internal Medicine.
http://dx.doi.org/10.20452/pamw.3156

KORETZ, Ronald L.. Probiotics in Gastroenterology: How Pro Is the Evidence in Adults?. The American Journal Of Gastroenterology, [s.l.], v. 113, n. 8, p.1125-1136, 19 jun. 2018. Springer Nature America, Inc.
http://dx.doi.org/10.1038/s41395-018-0138-0

Leia também



Cadastre-se e receba nossa newsletter